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NETVASCO - 05/06/2007 - 01:40 - Filho de Abedi daria cartão vermelho ao árbitro A atitude do árbitro mineiro Alício Pena Júnior no clássico entre Vasco e Fluminense, de punir o apoiador Abedi, após o jogador comemorar o gol fazendo uma homenagem ao filho Róbson, que foi vítima de leucemia, levantou mais uma polêmica sobre as decisões dos árbitros no futebol brasileiro. Apesar de ter recebido o cartão amarelo, Abedi defendeu o árbitro. “Ele não teve culpa. Como ia saber do problema do meu filho e que a comemoração era em homenagem a ele? O juiz até me pediu desculpa depois e disse que, se pudesse, anularia o cartão”, contou o jogador. Se Abedi perdoou a Alício, Róbson, que estava no Maracanã acompanhando o clássico, ficou revoltado com o árbitro. “Ele disse que o juiz tinha de ter levado um cartão vermelho”, revelou Abedi, concordando que a arbitragem tem sofrido muito, ultimamente. “Os clubes preferem culpar os árbitros pelo fracassos a olhar os seus próprios erros”, disse. O jogador, que passou o dia de ontem comemorando o belo gol que fez contra o Tricolor, ao lado de Róbson, só espera não ser punido novamente por uma outra comemoração: “Essa não foi a primeira homenagem que fiz para ele e nem vai ser a última. Espero que os árbitros vejam as comemorações em geral com mais carinho”. Fonte: O Dia Róbson, de seis anos, foi um dos responsáveis pela cena mais inusitada do fim de semana. O menino pediu ao pai, o apoiador do Vasco Abedi, que comemorasse o gol, caso ele marcasse, imitando uma brincadeira dos dois. Feliz com a homenagem feita, Róbson, que está curado de uma leucemia, mas ainda tenta recuperar o movimento das pernas, só não conseguiu entender uma coisa. - Ele ficou louco de felicidade com a comemoração, mas quando eu cheguei em casa ele me perguntou: Por que você tomou cartão amarelo pai? Então, eu respondi: Por sua causa, mané! - revelou o jogador em meio a risadas. A atitude do árbitro da partida, Alício Pena Júnior, de punir o jogador depois do gol contra o Fluminense, no clássico de domingo, causou indignação dos torcedores. No entanto, Abedi absolveu Alício. - Não ficou mágoa nenhuma. Eu expliquei a história do meu filho para o árbitro depois da partida, e vi no semblante dele que ele se arrependeu - disse o apoiador, que ainda completou. - Só espero que dá próxima vez todos entendam a minha comemoração. Porém, o presidente da Comissão de Árbitros da CBF, Edson Rezende, não teve uma reação emotiva como a da torcida, e concordou com a decisão do árbitro. - O critério do Alício foi correto. A comemoração atrasou o jogo naquele momento. E além disso, os jogadores do Fluminense poderiam ter interpretado a atitude como provocação. Assim, ele evitou possíveis retaliações. Nascido em Campo Grande, mas criado em Paciência, o atleta do Vasco, acostumado às dificuldades, se considera um operário do futebol. Há dois anos e dois meses no clube, Abedi conquistou o carinho da torcida. - Quando estou em campo, procuro trabalhar como se eu fosse um peão de obra fazendo uma casa para mim. Sempre me empenhando ao máximo - afirmou o jogador, que hoje mora em Campo Grande, casa própria que, segundo ele, "foi conquistada com o suor investido no futebol". O apoiador teve dificuldade para conseguir espaço na equipe. Desde de sua chegada, ele não conseguiu se firmar como titular absoluto, mas espera agora, sob o comando do técnico Celso Roth, conseguir uma vaga entre os 11 da equipe. - Não é fácil participar de quase 120 partidas com a camisa de um grande clube como o Vasco. Desde que cheguei sempre respeitei a posição do Renato, que me deixava como opção para o segundo tempo, mas também deixei clara minha intenção de buscar espaço no time. Jamais me acomodarei na reserva - disse Abedi, que depois que foi substituído, foi até o banco de reservas do Fluminense, abraçar o técnico Renato Gaúcho. Com ainda seis meses de contrato para cumprir com o time de São Januário, o jogador revelou que já foi procurado por outros clubes, do Brasil e de fora. No entanto, o carinho pelo clube que o acolheu será essencial na hora de decidir o futuro. - Graças a Deus apareceram várias propostas. Mas não vou conversar com ninguém antes de saber do Vasco. Estou esperando eles me procurarem. Somente uma proposta muito boa tirará Abedi do clube no qual o jogador ainda pretende ficar por muito tempo. - Sou vascaíno de coração e gostaria de ficar no clube para sempre. É lógico que nossa família está em primeiro lugar e um jogador profissional deve estar atento para o lado financeiro, mas seria maravilhoso criar um vínculo eterno com o torcedor do Vasco, que me trata tão bem - finalizou o apoiador. Fonte: Jornal do Brasil |
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