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NETVASCO - 03/09/2005 - 12:17 - A doce vida de Vergara e Cherry no Rio de Janeiro

Cherry, a brasileira ex-bailarina de Mekano, e Adán Vergara, ex-jogador do Cobreloa, caminham tranqüilos pela orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Já anoiteceu e eles compram cocos gelados. Logo, saboreiam o líquido que permite amenizar os 32 graus que esquentam a cidade.

Na praia carioca, encontram seu verdadeiro paraíso depois dela ter vivido por três anos no Chile e ele ficava no vai-e-vem típico de um jogador de futebol, como troca de clubes e até um doping que o afastou por seis meses dos gramados.

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"É um sonho", diz o zagueiro de 23 anos, "de um dia pra outro cheguei a um grande clube do Brasil, ganhei a vaga de titular, jogo com Romário e a torcida vem me pedir autógrafos", explica Vergara.

Mas o que mais se destaca é que sua noiva, que o acompanhou na passagem pelo México, está feliz com a perfeita convivência.

Ela diz que não estranhou o trabalho que realizava no Chile e está contente em poder ajudar o noivo com alguns trâmites e a traduzir o português para o espanhol. "Me sinto realizada. Estava em um programa de sucesso no Chile, que certamente depois do fenômeno Axé já não será mais o mesmo, mas agora privilegio meu coração e estou profundamente apaixonada por um homem que me trata bem e cuida muito de mim", confessa a menina que ficou famosa com o grupo Porto Seguro, nas tardes em que "Mekano" ganhava audiência.

Sua alegraia é tanta que pensam em se casar. "Se ele me pedir, eu digo que sim", provoca Cherry, para Vergara assegurar que quer formar uma família rapidamente.

Cherry nasceu em São Paulo, e mesmo tendo alguns parentes no Rio, ainda não se acostumou com a cidade.

Existem histórias divertidas, como quando um torcedor reconheceu Vergara como jogador do Vasco e praticamente o seqüestrou para que ele lhe desse um autógrafo. Outras histórias têm sido de terror: Vergara havia jogado no Paraná e Cherry foi esperá-lo. Quando estavam voltando ao hotel, passavam em frente à favela Cidade de Deus e se defrontaram com policiais de metralhadora na mão. "Nos assustamos muito e enquanto nos revistavam, apareceu gente da favela com pistolas na mão e atiraram contra os policiais. Que susto! No Rio um terço da população vive em favelas, o salário mínimo não compra nada e por isso a violência aumenta", conta Cherry.

E não tem vontade de voltar a dançar? "No momento não, estou desfrutando minha vida com Adán".

Apesar de sua nova postura, a brasileira não perde o contato com o Chile, mas não tem planos para voltar, ao menos que o futebol leve de volta o zagueiro. "Tenho muitas boas lembranças do Chile e não descarto voltar, mas não sei se para dançar", disse ela.

Os noivos se beijam em frente à praia, Cherry pede que cortem o coco pela metade e com as mão pega a carne branca e a devora. "Hhhmm... Adoro, desde criança eu comia". Vergara sorri e a olha abobado, com cara de apaixonado. Seus olhos não deixam de brilhar.

Vergara ganhou a titularidade no time e a amizade do ídolo: "Romário me deu boas vindas quando cheguei"

Quando Vergara chegou ao Vasco da Gama, o clube passava por uma péssima fase. Estava a quatro pontos do lanterna e precisava de um zagueiro central para arrumar a defesa. Algumas recomendações, entre elas de Nelson Tapia, que jogou no Santos, o levaram à equipe de Romário. E no dia que se apresentaram, ganhou uma grande surpresa.

"O primeiro a me receber foi Romário. Imagina, um ídolo de nível mundial me dava as boas vindas e me oferecia toda ajuda", conta, assustado.

Vergara sempre o viu como um jogador distante, mas se surpreendeu com sua simplicidade. "É muito boa pessoa, às vezes, me pergunta o que preciso e se pode me ajudar. Além disso, é muito brincalhão", diz.

São vistos juntos, porque Romário mora a poucas ruas de seu hotel, em uma cobertura de dois andares.

Não só essa amizade alegra o chileno. Há três semanas começou como titular e a equipe melhorou. "Tenho jogado muito bem e o técnico está feliz, além disso, restam muitas partidas para continuarmos subindo".

Seu único infortúnio aconteceu no último jogo quando sofreu uma forte entrada na perna direita. "Foi só uma contratura", declara. E garante que ainda sonha com a Seleção. "Se continuar em um bom nível, a oportunidade chegará", diz.

Fonte: Diário Las Últimas Noticias (Tradução: NETVASCO)


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