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NETVASCO - 25/05 - 15:54 - Há 56 anos, uma vitória histórica sobre o Arsenal em S. Januário

Há 56 anos, no dia 25 de maio de 1949, o Vasco obtinha uma vitória histórica, em São Januário, contra o Arsenal, da Inglaterra, por 1 a 0.

A partida, amistosa, atraiu enorme atenção da mídia porque de um lado estava o Vasco, melhor time do continente na época (um ano antes havia conquistado o Campeonato Sul-Americano de Clubes, que acabaria oficializado pela Conmebol em 1996) e, do outro, o Arsenal, primeiro time da primeira divisão inglesa a visitar o Brasil (na época, a Inglaterra - considerada a inventora do futebol moderno - gozava de tanto prestígio que nem participava das Copas do Mundo, pois considerava não ter adversários à sua altura).



O time do Vasco que venceu o Arsenal por 1 a 0 em 25/05/1949. Em pé: Eli, Augusto, Jorge, Danilo, Barbosa e Sampaio. Agachados: Nestor, Maneca, Ademir, Ipojucan e Tuta.


Neste jogo histórico, o Vasco fomrou com Barbosa, Augusto e Sampaio; Ely, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Ademir, Ipojucan (Heleno de Freitas) e Tuta (Mário). O gol da vitória vascaína foi marcado pelo ponta-direita Nestor, aos 33 minutos do segundo tempo.

O Estádio de São Januário recebeu neste dia um dos maiores públicos de sua história, calculado pela imprensa da época em cerca de 50 mil torcedores (oficialmente, entretanto, apenas pouco mais de 24 mil pagantes ou sócios).

Esta mesma equipe do Vasco, que ficou conhecida como "Expresso da Vitória", conquistaria meses depois o Campeonato Carioca invicto, o terceiro em cinco anos (1945, 1947 e 1949).

Curiosamente, o Vasco voltaria a enfrentar o Arsenal mais duas vezes, mantendo a escrita: em 1951, ganharia por 4 a 0, no Maracanã (gols de Tesourinha, Ademir, Friaça e Dejair); e, em 1980, em Belgrado (Iugoslávia, atualmente Sérvia e Montenegro), venceria por 2 a 1 (gols de Paulo César Caju e Roberto Dinamite; o técnico era Zagallo).

Confira o que a Revista Globo Sportivo publicou sobre o jogo no dia 27/05/1949:

Está derrotado o Arsenal. Está é a frase que tem em cada letra uma chama vivida pela multidão, tantos os paulistas como os cariocas, que encheram seus estádios para assistir aos jogos dos ingleses. Os paulistas, a despeito da decepção do jogo com o Corinthians, e o consolo do empate com sabor de vitória, arrancado com todo vigor pelo Palmeiras. Os cariocas entretanto, precisavam ver o Arsenal derrotado, pelo menos pela desforra da goleada contra Fluminense, do que pela necessidade de quebrar a invencibilidade dos ingleses.

O Vasco, depois da estréia, era o indicado como o mais capaz para uma vitória sobre os ingleses. Por isso, o jogo levou uma multidão ao Estádio de São Januário. Nervosos, visivelmente emocionados pela sorte que esperava o seu clube favorito. O Vasco esteve bem, atacou mais e não se intimidou com o cartaz dos ingleses. Seus jogadores entraram em campo certos de que poderiam vender o poderoso Arsenal, a melhor equipe da Inglaterra e uma das melhores do mundo.

O Vasco começou melhor, mas o Arsenal equilibrou. Com as mudanças de Tuta e Ipojucam por Mário e Heleno de Freitas, o Vasco ficou com a ofensiva com mais objetividade. Com o Vasco mandando em campo, terminou o primeiro em 0x0. O segundo tempo não mudou muito. O Vasco continuou melhor com o Arsenal procurando equilibrar o jogo no meio campo. Somente aos 33 minutos é que o estádio explodiu com o gol de Nestor. Um centro de Mário da esquerda que cruzou toda área inglesa sem que o goleiro Swindin conseguisse cortar. Nestor chutou de primeira não dando chance para o defesa inglesa. A vitória foi justa e foi comemorada com entusiasmo, principalmente porque quebrou a invencibilidade do Arsenal.

O Vasco foi sempre superior e venceu com Barbosa. Augusto e Sampaio. Eli. Danilo e Jorge. Nestor. Maneca. Ademir. Ipojucam (Heleno) e Tuta (Mário). O Arsenal perdeu com Swindin. Barnes e Smith. Macanly. Daniels e Forbes. Mac Pherson. Logie. Rockie. Hshman e Wallance. O juiz foi o inglês Mr. Barrick, auxiliado pelos brasileiros Mário Viana e Alberto da Gama Malcher.

O Arsenal tem um time sem exibicionismo, sem dribles desnecessários, mas jogado pelo conjunto aplicado, chegando ao gol adversário com três ou quatro passes. O Vasco, o expressinho, é o melhor time do Brasil.
Clique aqui para ler o texto "Quebrada a invencibilidade inglesa", no site de Mauro Prais.

Fonte: NETVASCO, Globo Sportivo



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