.

Faq Entre em Contato Página Principal
Home | Notícias


Netvasco - 14/03 - 00:54 - HÁ 57 ANOS O VASCO SE SAGRAVA CAMPEÃO SUL-AMERICANO



A Nação Vascaína comemora, neste dia 14 de março de 2005, os 57 anos de um feito histórico para o futebol brasileiro.

Em 14 de março de 1948 o Vasco empatou com o River Plate por 0 a 0 no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, e tornou-se a primeira equipe brasileira (incluindo aí também a Seleção) a conquistar um título no exterior: o de Campeão dos Campeões Sul-Americanos. E, ainda por cima, invicto.

O Vasco, que naquele ano comemorava o seu cinqüentenário, escrevia assim mais uma página do esporte nacional. Em 1996, a Confederação Sul-Americana de Futebol oficializou o título obtido em 1948, fazendo com que o Vasco se tornasse o primeiro clube campeão continental oficial da história do futebol mundial, uma vez que os campeonatos dos outros continentes começaram em 1955 (Europa), 1962 (Concacaf), 1964 (África), 1967 (Ásia) e 1987 (Oceania).

Hoje, a façanha de 57 anos atrás é lembrada no placar eletrônico de São Januário, que exibe os dizeres "1º CAMPEÃO SUL-AMERICANO INVICTO".



Com o reconhecimento do título sul-americano de 1948 como oficial, o Vasco ganhou o direito de participar da Supercopa da Libertadores. A estréia foi no dia 20 de junho de 1997, contra o Peñarol, em São Januário, e o Vasco venceu por 3 a 1. Antes da partida, a diretoria homenageou os campeões de 1948. Confira matéria do Jornal do Brasil da época relatando o reencontro dos heróis vascaínos:

Hoje parece mentira, mas houve um tempo em que o Brasil não era o bam-bam-bam do futebol no continente (e muito menos no mundo), jogador de futebol não ficava deprimido quando o contrato de US$ 6 milhões por ano emperrava e Di Stefano era o melhor jogador do planeta. Foi nessa época - mais exatamente em 1948 - que o Vasco conquistou em Santiago do Chile o primeiro Campeonato Sul-Americano entre clubes. Mais uma façanha do Expresso da Vitória, que seria base da equipe que disputaria - e perderia -, dois anos depois, a final da Copa do Mundo contra os uruguaios. Mas isso é uma outra história...

Dos dezoito jogadores que participaram daquela conquista, oito já morreram: Ademir, Eli, Danilo, Nestor, Dimas, Djalma, Ismael e Maneca. Na sexta-feira, o Vasco reuniu os dez integrantes que ainda vivem daquela vitoriosa aventura chilena: Barbosa e Barqueta (goleiro reserva), Augusto, Rafanelli, Wilson e Jorge (zagueiros) e Friaça, Lelé, Chico e Moacir (meias e atacantes). Todos com mais de 70 anos, mesmo assim ainda morrendo de medo de Flávio Costa, 90 anos, técnico daquela equipe. ``O professor não gostava, mas a gente jogava cartas na concentração'', cochicha Barbosa, com os olhinhos espertos vasculhando as redondezas em busca do vigilante treinador.

Recordações - O goleiro já foi rei debaixo das traves, mas agora mora de favor e sonha com uma quitinete do tamanho da pequena área que possa chamar de sua - o Vasco estuda uma ajuda. Os tempos eram outros, mas ele também fez golpe de vista para seu futuro. ``Meu conselho para os jogadores de agora é que façam um patrimônio ao invés de gastarem tudo em carros e outras coisas'', ensina, com sabedoria.

Mas Barbosa e sua turma não estavam em dia de recordações amargas. ``Isso era um galã, mostrei para minha filha um retrato dele com 19 anos e ela achou lindo. E ainda batia com as duas pernas. Só consegui aprender isso agora'', garante o surpreendente Moacir, ambidestro, aos 73 anos.
O galã que encantou sua filha é Friaça, atacante que foi artilheiro do Sul-Americano de 48, com quatro gols em seis jogos. ``A partida que mais me marcou foi a final contra o River Plate. Afinal, o gol foi meu'', diz Friaça. Desculpe, artilheiro, mas não foi, não. O último jogo foi 0 a 0, mas sua falha de memória não tem a menor importância.

Por incrível que pareça, quem tem recordações mais nítidas da conquista é exatamente Flávio Costa. O técnico lembra por exemplo, que concentrou sua equipe longe do centro de Santiago, como parte de uma tática de despiste. Os adversários só perceberam o potencial do Vasco depois da terceira vitória seguida, sobre os peruanos do Municipal.

``Eles armaram a competição deixando para o final os três jogos que eles consideravam decisivos: Colo Colo x Nacional, River x Nacional e Colo Colo x River. Esses jogos aconteceriam depois que o Vasco terminasse sua participação. Mas depois que eles perceberam que poderiam ser disputados três jogos que não teriam o menor valor e mudaram a tabela'', lembra.

Na festa de sexta-feira, os septuagenários vascaínos pareciam umas crianças. Barbosa pulava o tempo todo, Barqueta dedurava a quantidade de chopes entornados por Friaça, Jorge implicava com Chico. ``Não está me reconhecendo, não?'', perguntou. A cumplicidade de 48 ressurgiu a todo vapor em São Januário, ajudando a entender por que aquele time ganhava de todo mundo.


GALERIA



Barbosa salta para o canto esquerdo e defende um pênalti durante o Campeonato Sul-Americano de Campeões no Chile em 1948.
 

Vasco 1x1 Colo Colo. Friaça sobe mais que o goleiro chileno e empata a partida, na penúltima rodada do Campeonato Sul-Americano de Campeões, em Santiago do Chile.

Para ler mais sobre esta conquista histórica, clique AQUI. Se você quiser saber mais detalhes sobre a oficialização do título, clique AQUI. Caso queira conhecer a campanha vitoriosa, clique AQUI. E, para ver a ficha do jogo decisivo, clique AQUI.

Agradecimentos a Mauro Prais, Marcelo Giovane Spoladore e Casaca.

Fonte: NETVASCO




Comente esta notícia no FÓRUM NETVASCO

Comente esta notícia no CHAT NETVASCO

Receba boletins diários de Notícias da NETVASCO


NetVasco | Clube | Notícias | Futebol | Esporte Amador | História | Torcidas
Mídia | Interativo | Multimídia | Download | Miscelânea | Especial | Boutique