Netvasco - 04/03 - 07:31 - Marco Brito e Allann Delon vivem momentos opostos no Vasco

O pênalti perdido e as vaias da torcida do Vasco são imagens leves para quem viveu um filme de terror há dois anos. Na saída de uma festa em Salvador, Allan Dellon foi atingido por um tiro que atravessou-lhe a boca. Desde então, deixou a cidade, voltou, tornou a sair mas ainda não reencontrou o bom futebol. O jogador nega influências do episódio, mas admite que viveu sua melhor fase até 2002.

— O problema lá em Salvador não teve nada a ver não, porque logo saí da cidade. A questão é que fui para o México e quando voltei para o Vitória o campeonato já tinha começado — disse, referindo-se ao último Brasileiro, no qual o ex-clube foi rebaixado.

No Vasco, Allan Dellon teve o desempenho atingido por uma lesão muscular e problemas de saúde na família. Apesar da irritação com que reagiu ao pênalti perdido, na quarta-feira, contra o União Rondonópolis, o técnico Joel Santana considera Allan Dellon um jogador de categoria e aposta na sua recuperação.

— Quando mais precisarem de mim , as coisas vão acontecer — disse o jogador.

Diferentemente de Allan Dellon, Marco Brito é um dos jogadores mais regulares. Sem ser titular, participou de todos os jogos e marcou os mesmo quatro gols que Alex Dias e apenas um a menos do que Romário. Em todas as entrevistas, fala do prazer de jogar com atacantes tão inteligentes. Marco Brito é um artilheiro família. Após marcar os dois gols da última vitória, passou a madrugada com o filho Luan, de dois anos, no hospital. A mais nova, Laís, nasceu há um mês

— Está tudo bem. Essa responsabilidade reflete no futebol, estou feliz pessoalmente.

Marco Brito fez musculação ontem e reforçou sua condição de jogador de grupo com palavras de apoio até para Allan Dellon, de quem pode tomar a posição.

— Não é demagogia, penso mesmo no grupo. Cheguei no Vasco em setembro e parece que já estou há anos.

Para o jogo de domingo contra a Cabofriense, na Região dos Lagos, o Vasco terá a volta de Thiago Maciel mas Romário ainda é dúvida.

Fonte: O Globo