Netvasco - 28/08 - 09:29 -
Adriana Behar e Shelda desfilam em carro de bombeiros no Rio
Depois da emoção do pódio, o reconhecimento em território verde e amarelo. As duplas de vôlei de praia Ricardo e Emanuel, medalha de ouro em Atenas, e Adriana Behar e Shelda, que conquistaram a segunda prata olímpica consecutiva, desembarcaram ontem, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e seguiram num carro do Corpo de Bombeiros pelas ruas da Zona Norte, Centro e Zona Sul. No trajeto, receberam o carinho do carioca e foram recebidos com uma chuva de papel picado em frente à sede da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), no Centro.
Em Ipanema, as saudações vieram dos “colegas” de profissão. A ex-jogadora Isabel, os atletas Jacqueline, Mônica Rodrigues, Franco e Pará abandonaram o treino para acompanhar, correndo, o desfile das duplas. No encerramento, um banho de champanhe para lavar a alma.
Durante o percurso, muitos curiosos iam descobrindo quem eram aqueles atletas que, orgulhosos, exibiam a medalha no peito. “Pela altura, devem jogar basquete”, arriscou o motorista de táxi Alberto de Jesus. “Que nada! São os nadadores que ganharam medalha na Grécia”, retrucou o ambulante Robson Menezes. E, finalmente, a descoberta: “São aquelas duplas que arrasaram no vôlei de praia”, explicou o office-boy Victor Menezes. “Eles fizeram bonito”, completou.
Eufóricos com a recepção, Emanuel e Ricardo trocaram elogios e descreveram a sensação de subir no lugar mais alto do pódio.
— Eu vi no olho de cada um o orgulho de ser brasileiro. Gostaria de agradecer a todos. É a retribuição do povo por tudo que nós fizemos. Fico feliz por ter encontrado um grande amigo. O Ricardo é um guerreiro, que me ajudou nos momentos difíceis — afirmou Emanuel.
— Isso mostra o quanto essa conquista foi importante. É uma sensação de dever cumprido. O Brasil todo participou dessa vitória passando energia positiva — disse Ricardo.
Parceiras há nove anos, Adriana Behar e Shelda pretendem continuar no páreo por novas medalhas.
— O tempo passa, mas demonstramos coragem, determinação e esforço. Se tivermos todos esses ingredientes juntos, poderemos lutar por mais uma medalha daqui a quatro anos. E ainda há o Pan de 2007, no Rio, a minha cidade. Tenho muita vontade de estar mais uma vez com a medalha no peito — conta Behar.
A carioca Adriana Behar teve a alegria especial de curtir com os familiares:
- Nunca havia sentido isso na pele. Percorrer a cidade em que eu nasci e moro sendo aclamada me deixa muito feliz. Essa retribuição dos torcedores é o que nos motiva mais ainda para buscar as conquistas. Tem horas que o reconhecimento vale mais do que a medalha.
Fonte: Lancenet, Jornal dos Sports
|