Netvasco - 22/07 - 07:40 - Mesmo decidindo, Anderson e Claudemir são vaiados

Nenhum atleta gosta de conviver com as vaias, mas Claudemir e Anderson estão habituados. Quando o Vasco joga em São Januário é certo de se ouvir os piores coros vindos da arquibancada. Não importa se eles atuam bem ou mal. A torcida já vai para o estádio predisposta a pegar no pé.

O atacante e o lateral-direito estiveram longe do brilhantismo contra o Cruzeiro, mas as atuações foram decisivas para garantir os três pontos, na noite em que Pet não estava com a inspiração habitual.

– Dentro do possível tem de saber administrar as vaias. O jogador não pode se abater, senão é melhor ir embora – explicou Geninho.

Claudemir sofreu o pênalti, cobrado por Pet, que resultou no primeiro gol. Já Anderson foi o autor dos segundo, depois de receber passe do volante Júnior, outro que também vinha sendo vaiado.

Exemplos não faltam no Brasil de atletas que foram perseguidos pela torcida e acabaram negociados prematuramente. No Vasco, ninguém se esquece de Jardel. O grandalhão sofria pressão semelhante a de Anderson. Acabou vendido e brilhando em outros clubes.

– O Anderson tem feito gols. Mas precisa se aprimorar. Pode se posicionar melhor e não sair muito da área. Está procurando seu espaço. A torcida precisa ter um pouco mais de paciência – disse Geninho.

Do alto de seus 20 anos, o atacante procura levar os xingamentos com naturalidade.

– Tenho feito gols. Fiz três no Brasileiro. Sou vascaíno, estou no clube há dez anos e ter meu nome gritado pela torcida é um sonho de criança, desde que eu ficava na arquibancada com eles – afirmou.

Das seis vitórias no Brasileiro, a contra o Cruzeiro foi a primeira em que Pet não foi decisivo. Os renegados, com ajuda dos companheiros, é que foram determinantes.

Fonte: Lancenet