Netvasco - 07/03 - 11:00 - Alex Alves quer o 1º golpe de capoeira no Maracanã

A fase de desconfiança parece que está passando e os momentos difíceis vão sendo superados jogo a jogo. Hoje, o até então arredio Alex Alves espera dar mais um passo rumo ao status de ídolo do Vasco, que pretende perseguir até onde suas forças permitirem. Disposto a ficar por um bom tempo, ele mostrou que está. Em vez de alugar uma moradia, ele está comprando uma casa na Barra da Tijuca, deixando claro que seu projeto é se firmar como astro vascaíno e se livrar da fama de cigano.

— A família é que sofre muito com essas mudanças constantes que envolvem a vida do jogador de futebol. Minha filha Alexandra (4 anos) sofreu muito na Alemanha, por causa do idioma e do frio. Chorava muito. Mas agora ela está numa escola maravilhosa na Barra da Tijuca, onde estou comprando uma casa num condomínio fechado, com um parque aquático fantástico. É um lugar lindo. Estamos comprando os móveis e logo logo vamos nos mudar para lá.

Apesar da preferência pela tranqüilidade da Barra, Alex Alves, como todo bom baiano, gosta mesmo da muvuca. E não esconde:

— Eu gostei muito de Ipanema, do Leblon, bairros que têm a minha cara. Mas optamos pela tranqüilidade e qualidade de vida da Barra.

Para ter mais tranqüilidade e sossego, Alex Alves sabe que nada será mais determinante do que fazer um gol e mostrar sua marca registrada, disparando seu primeiro golpe de capoeirista no Maracanã. Um gesto que se tornou conhecido, mas que jamais foi feito no maior estádio do mundo.

— Já fiz gol no Maracanã, mas não tinha essa de capoeirista na época, que começou no Cruzeiro. Tem tanto tempo que nem lembro onde jogava.

Alex Alves reconhece que começa a driblar seu complicado começo no Vasco. Admite que começo foi difícil porque pagou o preço por ter fugido da alimentação rígida que atletas precisam seguir, mas não se arrepende.

— Se desligar de tudo nas férias é uma das coisas mais importantes. Eu gosto de boa comida, de teatro, shows e cinema. Quando estava de férias, abri mão do controle. Fugi mesmo da alimentação regrada. Como ir a um resort em Porto de Galinhas, Salvador ou ir a São Paulo e resistir a tudo que te oferecem?

Agora, Alex tem certeza de que está vencendo a luta contra a balança e garante.

— Sabia que ia ser criticado no começo, pois atropelei tudo, treinamentos, controle de peso e preparação física, pois queria jogar logo. Mas agora estou com mais ritmo e quase no ponto ideal.

Fonte: O Globo