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Netvasco - 15/02 - 08:08 - Clássico especial para Victor Boleta e seu pai

Aos 23 anos, o lateral-esquerdo Victor Boleta se sente uma pessoa de sorte. Vai disputar hoje, às 16h, no Maracanã, o primeiro Flamengo x Vasco da sua vida como profissional, logo numa semifinal de Taça Guanabara. Mas ele já se sentia sortudo antes: afinal, foi registrado como Victor Lucky (sortudo, em inglês) Villarmosa Lewis. Acrescentar o adjetivo a um sobrenome já pomposo foi uma idéia da mãe, que dificilmente teria imaginado ver o filho como um dos destaques do Vasco no Estadual e uma das atrações do Clássico dos Milhões.

Victor não será o primeiro membro da família a disputar um Flamengo x Vasco. Seu pai, Paulo Boleta, foi um dos destaques do basquete carioca nos 60 e 70. O ala-pivô Paulo Boleta conheceu os dois lados do clássico, mas foi em São Januário onde brilhou por mais tempo, de 1966 a 1977, sagrando-se bicampeão estadual. Na Gávea, jogou dois anos. Por tudo isso, o clássico é o seu preferido. Do pai, Victor herdou o apelido e o amor pelo esporte. Quase também o amor pelo basquete.

— O Victor adorava ir comigo aos jogos de basquete. Lembro que, no intervalo de um Flamengo x Vasco, no Maracanãzinho, ele ficou arremessando bolas. E olha que tinha apenas três anos. Depois foi crescendo e viu que seu negócio mesmo era chutar com os pés — conta Paulo, 1,90m, sob o olhar do filho.

Ao que tudo indica, a decisão de Victor, de 1,78m, foi mesmo acertada. Mas, até se destacar nos profissionais do clube de coração, o lateral penou. Começou no futsal do Vasco, foi para o América, voltou para São Januário e, em 1997, chegou ao CFZ. Aí, vale um parênteses: conheceu Zico, o maior ídolo do rival, mas, apesar de admirá-lo, não o inclui no rol de ídolos.

— Gosto do Roberto Carlos, que é da minha posição, e do Ronaldinho — frisa.

Do time de Zico, Victor foi para o Volta Redonda, clube que defendeu até o ano passado, quando finalmente chegou ao futebol de campo do Vasco. Aos poucos, foi se firmando como um lateral que aparece bem no apoio.

— É, sem dúvida, o meu melhor momento. Estou conseguindo um espaço num time grande e a tendência é melhorar. Espero repetir a boa atuação contra o Flamengo, num clássico que é sempre muito especial — afirma.

Seja a favor ou contra, o Flamengo sempre fez parte da família Boleta. Além de ter jogado na Gávea, Paulo até hoje trabalha como técnico de basquete dos times infantil e mirim do rubro-negro. Paulo elogia os dois rivais de hoje e comporta-se diplomaticamente na hora do clássico.

— Sou Victor Futebol Clube. Sempre torço para o clube em que ele joga.

Mas por que Boleta? Paulo explica que, quando garoto, andava sempre com um gato chamado Polenta. Aos poucos, Polenta virou Boleta e ele incorporou o apelido. Coincidentemente, o pai completa hoje 53 anos mas ele nem pensa em pedir um gol de presente para o filho. Na última vez que o fez, não deu muito certo, como lembra Victor:

— No Dia dos Pais de 2001, quando ainda jogava pelo CFZ, prometi um gol para o meu pai. Perdi até pênalti. Como ainda estou devendo esse, é melhor não prometer nada.

Compreensivo, Paulo não se importa. Ver o filho brilhar hoje já será um presente suficiente. Para o técnico Geninho, quem tem de brilhar é o time todo do Vasco. Só assim poderá derrotar o Flamengo e chegar à decisão da Taça Guanabara. Para isso, Victor Boleta receberá a ajuda de Marcelinho, que reestréia no clube depois de se recuperar de uma lesão na panturrilha. De sua primeira passagem por São Januário, o atacante guardou a informação de que ainda não venceu o Flamengo e a mania de não pronunciar o nome de seu ex-clube.

— Eu gosto de jogo assim: decisivo e contra um grande rival — afirmou.

A presença de Marcelinho não satisfaz apenas Geninho e toda a torcida do Vasco. Um jogador em particular vê na volta do atacante uma chance de conseguir os espaços para tentar decidir o clássico.

— Além de ser um grande jogador, o Marcelinho vai atrair a atenção dos zagueiros do Flamengo. Espero que sobre mais espaço para mim — afirmou Morais, que perdeu os dois clássicos que já disputou com o arquirrival.

Quem deve atrair a atenção dos vascaínos é Felipe. Embora Geninho diga que não haverá marcação individual, os volantes do Vasco estão conscientes da boa fase do camisa dez rubro-negro.

— O Felipe é um amigo e um ídolo. Joga muito. Se a gente der espaço para ele, vai ser complicado. Ele dribla fácil — disse Rodrigo Souto.

Em caso de empate, Flamengo e Vasco decidirão nos pênaltis a vaga na final. Os melhores batedores vascaínos no treino de sexta-feira foram Marcelinho, Júnior e Santiago.

Fonte: O Globo




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