Netvasco - 21/11 - 01:24 -
Memória: Moisés, o xerife do Vasco nos anos 70
Uma frase atribuída a ele bem define o seu estilo: "Zagueiro que se preze não ganha o Belfort Duarte". Uma alusão ao prêmio que o extinto Conselho Nacional de Desportos (CND) concedia ao jogador que, por dez anos, não recebesse nem mesmo um cartão amarelo de advertência. Verdadeira ou não, a frase o fez famoso. E ao nome Moisés Matias de Andrade foi acrescentado o apelido Xerifão.
De pouca técnica, como ele próprio admite, mas muita vontade, Moisés (na foto com a camisa do Vasco, numa jogada com Toninho, do Fluminense) fez história por Bonsucesso, Vasco, Botafogo, Corinthians e Fluminense, além de uma rápida passagem pelo Flamengo. Encerrou a carreira pelo Bangu, no começo dos anos de 80, mas jamais abandonou o esporte.
Moisés era disciplinado. Em dois anos pelo Corinthians, por exemplo, na campanha do Campeonato Paulista de 76, na qual o clube quebrou um jejum de 21 anos sem título, foi expulso apenas duas vezes. E comparando o estilo considerado rude na década de 70 com a atual truculência de alguns zagueiros, ele poderia trocar o apelido de Xerifão pelo de Anjinho.
Atualmente, Moisés é coordenador técnico da Cabofriense, da Segunda Divisão do futebol do Estado do Rio. Mas antes de assumir o cargo administrativo permaneceu à beira do gramado. Parou de jogar em 1983, assumindo o Bangu como treinador e foi responsável pela arrancada da equipe que disputaria a final do Brasileiro de 1985, com o Coritiba. Foi campeão comandando Santa Cruz e Ceará. Por três anos dirigiu o Belenenses, de Portugal, voltando para comandar o Atlético Mineiro e o América. E ainda trabalhou sete anos no Oriente Médio.
O zagueiro Moisés foi o primeiro brasileiro a atuar pelo Paris-Saint Germain, da França.
Fonte: Jornal dos Sports
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