Roberto Monteiro afirma que greve de funcionários do Vasco foi orquestrada
Quarta-feira, 12/06/2019 - 19:41
O presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Roberto Monteiro - que foi um dos principais alvos dos protestos de funcionários do clube hoje (12) - considera que a greve implementada pela manhã em São Januário foi uma ação "orquestrada" pela diretoria administrativa do Cruzmaltino.

Desafeto do presidente vascaíno Alexandre Campello, Monteiro achou legítima a manifestação dos trabalhadores - que estão com três meses de salário de 2019 em atraso, além de 13º e férias de 2017 - mas desconfiou da veracidade do movimento, citando as faixas elaboradas logo nas primeiras horas desta quarta-feira.

"Primeiro reconheço que toda manifestação e todos os trabalhadores têm o direito de fazer essas reivindicações de salário. Não há problema algum. Agora, o que foi feito hoje foi algo dirigido e direcionado pela administração, que tenta justificar, com isso, a ausência de responsabilidade sobre seus atos de gestão. Então que isso fique bem claro, porque ontem a reunião do Conselho Deliberativo nada tem a ver a respeito dos pagamentos dos salários. Houve a liberação de R$ 10 milhões na semana passada para o pagamento das folhas atrasadas, que até então não foi realizado pela diretoria administrativa. O que a diretoria tenta fazer mais uma vez é se vitimizar neste processo. Eu acho que às 7h os funcionários já estarem com faixas sendo encaminhadas por chefes de setor, por próprios subordinados do presidente, mostra que foi uma coisa orquestrada para desviar o foco", declarou.

A greve, que chegou a fazer com que os funcionários fechassem os portões de São Januário e desligassem as luzes do clube, se encerrou depois de uma reunião com Campello onde o dirigente prometeu quitar ao menos uma folha salarial até o fim desta semana.

Ontem (11) uma reunião havia sido convocada pelo Conselho Deliberativo para votar o pedido de empréstimo de R$ 20 milhões da diretoria administrativa, tendo como justifica o pagamento de atrasados. Não houve, porém, um quórum mínimo, o que inviabilizou o pleito.

Ainda não há uma data para uma nova reunião.



Fonte: UOL