Senador Flávio Bolsonaro vai de camisa do Vasco assistir ao amistoso da Seleção no Mané Garrincha, em Brasília
Fã declarado de futebol, o presidente Jair Bolsonaro teve uma passagem discreta pelo Mané Garrincha, em Brasília, na noite desta quarta-feira. O amistoso entre as seleções do Brasil e do Qatar foi o seu primeiro jogo em um estádio desde que tomou posse no Palácio do Planalto.
Ele chegou à tribuna de honra da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quase meia hora antes do início do jogo, às 21h30, e dividiu o espaço com integrantes da entidade, alguns de seus ministros, parlamentares e o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), era um dos torcedores presentes. Dois de seus filhos também estavam no local: o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que vestia uma camisa do Vasco, e o estudante Jair Renan.
A única vez que a presença de Bolsonaro foi notada das arquibancadas foi a cerca de 15 minutos do início da partida, quando torcedores que estavam perto do camarote o saudaram com aplausos. O nome do presidente não chegou a ser citado no sistema de som. Ele também não apareceu no telão do estádio, que exibiu apenas informações sobre a partida. Segundo pessoas próxima a ele, seu objetivo era realmente manter a discrição.
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, e o coordenador de seleções da confederação, o ex-jogador Edu Gaspar, também circularam pela tribuna, enquanto quitutes e bebidas não-alcoólicas eram servidas por garçons. Para entrar no local, os convidados tiveram que passar por um detector de metais instalado por agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
O chefe da pasta, general Augusto Heleno, acompanhou Bolsonaro do Palácio da Alvorada até o estádio, junto com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Vestindo uma camisa polo azul, ele gravou um vídeo com o deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) dentro do Mané Garrincha e arriscou e acertou o resultado da partida: 2 a 0 para o Brasil.
Nas fileiras de arquibancada diante da tribuna, estavam entre os torcedores o senador e ex-jogador Romário (Podemos-RJ) e o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP). O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou só no intervalo.
Durante a tarde, quando Bolsonaro retornou para Brasília de uma viagem à divista entre Mato Grosso e Goiás, a expectativa de que ele fosse até o hotel em em que a Seleção estava hospedada. Em meio às acusações de estupro contra o atacante Neymar, o presidente disse pela manhã que acredita no atleta e queria dar um abraço nele antes da partida. Ele disse ainda que o atacante é "um garoto" que passa por um momento difícil, e que faria dois gols no jogo.
À noite, os preparativos da equipe do presidente eram para uma visita dele ao vestiário, que também não ocorreu. Bolsonaro deixou o camarote antes dos 40 minutos do segundo tempo. Sequer viu o pênalti perdido do Qatar. Ao deixar o estádio, ele foi visitar Neymar, que sofreu entorse no tornozelo direito aos 17 minutos do primeiro tempo.
Fonte: O Globo Online (texto), Pleno.news (foto)