Os conselheiros do Vasco não podem reclamar de surpresa em relação ao empréstimo de R$ 30 milhões que o presidente Alexandre Campello tenta obter para pagar salários e compromissos. A previsão orçamentária do clube de São Januário para 2019, votada no último dia 26 de dezembro, já constava a demanda de R$ 26,9 milhões na rubrica "Necessidade de Caixa". O orçamento foi aprovado por unanimidade.
Otto de Carvalho Júnior, membro do Conselho Fiscal, lembrou que o órgão também aprovou por unanimidade a previsão orçamentária da gestão Campello. No parecer encaminhado na ocasião para Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, o CF já indicou a Monteiro a necessidade dos R$ 27 milhões.
- Já sabíamos que teria essa necessidade, que o primeiro semestre seria difícil - afirmou Carvalho: - O dinheiro da TV vai sair apenas no fim de junho. A diretoria informou a todo mundo, isso foi inclusive aprovado no conselho. Tenho visto muitos grupos reclamarem. O Campello quer levar a questão para os conselhos, ter a maior transparência possível, mas a verdade é que todo mundo já foi comunicado.
O Vasco deve dois meses de salários e está em último lugar no Campeonato Brasileiro. Em São Januário, o clima entre os funcionários é de apreensão. A diretoria tenta o recurso a todo custo para evitar que o atraso chegue a três meses e os jogadores possam se desvincular do clube. Uma reunião do Conselho de Beneméritos está marcada para acontecer na sexta-feira deverá recomendar a aprovação do instrumento financeiro. Falta o Conselho Deliberativo marcar reunião para a pauta.
- Eu não sei o motivo desse reboliço todo. Vejo o movimento das pessoas, grupos dizendo que o Vasco vai ter um novo presidente. Só se o Campello pedir para sair. Isso só dificulta as coisas para o clube. O vascaíno agora precisa se preocupar em permanecer na Primeira Divisão - afirmou Otto de Carvalho Júnior.
Fonte: Extra Online