A rescisão amigável não passou de um desejo da diretoria do Vasco, confiante de que a boa relação com os empresários de Maxi López, que também participaram das contratações de Leandro Castan e Bruno César, pesaria. O argentino acionou a Justiça para rescindir unilateralmente seu contrato e reclamar o que o clube lhe deve: dois meses de salários e bonificação do ano passado, referente ao número de partidas disputadas, além da comissão de seus representantes. Será o quarto caso da gestão Alexandre Campello.
O valor pedido por Maxi López não foi divulgado, mas somado aos outros três que já batem à porta do clube de São Januário, deverá compor um total de R$ 15 milhões. O departamento jurídico do Cruz-maltino deverá recorrer judicialmente dos pedidos.
O atacante argentino se junta a Wagner, Rildo e Thiago Galhardo. Ano passado, o meia, ex-Cruzeiro e Fluminense, reclamou R$ 8 milhões nos tribunais, alegando pagamentos não realizados. O mesmo fez Rildo, mês passado: o atacante, hoje, na Chapecoense, pede R$ 1,7 milhão.
Antes de Maxi, o último foi Thiago Galhardo. O meia pede cerca de R$ 3 milhões, referentes a dívidas e valores que tinha para receber até o fim do contrato, em dezembro deste ano. Ele também entrou na Justiça para conseguir se desvincular do clube de São Januário e se transferir para o Ceará.
Com tantos compromissos pendentes com quem ainda está no clube — são dois meses de salários atrasados —, Campello recorrerá a um empréstimo de R$ 10 milhões. O dirigente solicitou ao presidente do Conselho de Beneméritos, Silvio Godoi, uma reunião para conseguir essa autorização. O encontro acontecerá na sexta-feira. Em seguida, ele terá de ir ao Conselho Deliberativo para tentar aprovar a operação que visa dar fluxo de caixa ao Cruz-Maltino o até a entrada da receita da televisão, prevista para o segundo semestre.
Fonte: O Globo Online