O Conselho Deliberativo do Vasco irá se reunir novamente. Desta vez, será para analisar denúncias contra o presidente do clube, Alexandre Campello, que podem acarretar na abertura de uma comissão de sindicância para apurar possíveis irregularidades.
No documento assinado por Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, consta a denúncia feita por 60 conselheiros de que Campello demitiu cerca de 200 funcionários e não honrou os acordos judiciais, acarretando um prejuízo de aproximadamente R$ 4 milhões ao clube. O clube nega (veja mais abaixo).
A reunião do Conselho Deliberativo está marcada para o dia 3 de junho, próxima segunda-feira, na sede náutica do clube, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro. A previsão é de que comece às 20h.
Nesta segunda, outra reunião foi convocada - desta vez, do Conselho de Beneméritos. A pauta é analisar um pedido de empréstimo de cerca de R$ 10 milhões da diretoria. O clube deve dois meses de salários a jogadores e funcionários.
Vasco respondeu sobre denúncias
A denúncia sobre o possível prejuízo do Vasco em multas foi publicada pelo GloboEsporte.com em 21 de março. Na época, a diretoria cruz-maltina negou a situação e divulgou uma nota. Confira:
"Sobre a pesquisa realizada no site do Tribunal Regional do Trabalho, que indicou um total de 66 processos, com valor de R$ 3.500.634,37, prestamos os seguintes esclarecimentos:
Esse valor se refere ao total dos acordos e não a parcelas em atraso;
O Clube hoje tem um total de 140 acordos trabalhistas em vigor;
Desde o dia 13 de março o Clube vem realizando o pagamento de todos os acordos vigentes até fevereiro;
Nos dias 14 e 19 de março o Clube teve suas contas bloqueadas, o que impossibilitou qualquer pagamento;
No dia 18 de março houve nova audiência no Tribunal Regional do Trabalho, na qual foram repactuados 40 acordos, dos quais 95% já se encontram com suas parcelas pagas até fevereiro;
Hoje 99% dos acordos se encontram quitados até fevereiro. Aqueles ainda não quitados tratam de pessoas com problemas de bloqueio e limite excedido em suas contas pessoais.
Em atenção específica à possível temeridade citada pelos três sócios, entendemos que temerário, sim, seria o Clube continuar a acumular dívidas superiores a sua arrecadação. Com o controle das despesas seguido à risca por esta gestão, foi possível executar apenas 83,5% dos custos orçados para o exercício de 2018, representando uma economia para os cofres do Clube de R$ 37 milhões e criando maior equilíbrio em suas contas, que se encontravam fragilizadas ao longo dos anos.
O Vasco deixa claro que as despesas diretamente ligadas a pessoal constituem o maior ônus por exercício, e sem um rígido controle sobre elas é impossível a qualquer tempo sanar o problema de geração de caixa do Clube."
Fonte: GloboEsporte.com