Jogo contra o Santos marca a despedida de Marcos Valadares do posto de técnico interino do Vasco
Que Marcos Valadares é o verdadeiro: o que triunfou na primeira partida à frente do profissional e que quase levou o Vasco às oitavas de final da Copa do Brasil ou o que não conseguiu vencer nenhum dos três jogos no Brasileiro? A partida deste domingo, de despedida, ajudará a responder à questão.
Contra o Santos, às 16h, será a última vez à frente da equipe antes de passar o bastão para Vanderlei Luxemburgo. O treinador já dará uns pitacos no trabalho do interino no vestiário do Pacaembu, mas nada que tire o mérito de Valadares em caso de vitória — ou o amargor na derrota.
Seria especialmente frustrante porque Valadares passa por aquele momento complicado na carreira de um treinador forjado na base. Quando brilha no comando dos meninos, surge a chance no profissional, sem o mesmo tempo de trabalho, com o dobro da pressão e cobrança por resultados imediatos. É injusto, mas é assim que funciona. E o técnico que empolgou os vascaínos no vice-campeonato da Copinha deixou a desejar contra Athletico-PR, Atlético-MG e Corinthians.
No elenco, ele não conseguiu conquistar a confiança dos mais experientes. A falta de resultados obrigou a diretoria a partir em disparada no mercado atrás de um novo técnico. As sucessivas negativas deixavam o Vasco sem alternativas aparentes até que o presidente Alexandre Campello mudou de ideia e resolveu convidar Vanderlei Luxemburgo. Entre os jogadores, o sentimento com o acerto foi, como o goleiro Sidão admitiu, de renovação:
— Rola uma ansiedade normal. Por tudo que envolve o nome do Luxemburgo, toda a repercussão que dá. Queremos fazer um grande trabalho com ele. Quem está vindo de fora vem com uma "vibe" diferente.
Esquema ousado
Neste domingo, o desafio de Marcos Valadares será dos grandes e, justamente por isso, uma vitória deixaria uma boa impressão sobre o trabalho do treinador.
Na primeira semana cheia de treinos que teve à disposição neste período como interino, Valadares armou a equipe em um 3-4-3, esquema ousado e pouco comum nos gramados brasileiros. O que torna o duelo ainda mais interessante é o fato de que Jorge Sampaoli, argentino à frente do Santos, pensou exatamente o mesmo para sua equipe.
Em termos de nomes, não há grandes novidades na escalação vascaína. Werley, poupado contra o Corinthians por causa do desgaste físico, retornará à equipe titular, com direito à faixa de capitão. Marrony, que também não jogou na rodada passada, pode iniciar no banco devido à amigdalite que teve na semana.
Fonte: Extra Online