Uma das principais revelações do Vasco nos anos 80, ao lado de Romário, Geovani e Mazinho, Bismarck encerrou a carreira em 2005, no Vissel Kobe, mas jamais deixou de acompanhar o clube de São Januário. Empresário de jogadores de futebol, ele também participa do programa "Atenção Vascaínos!", no Youtube, e não esconde a ansiedade com a proximidade da decisão do Campeonato Carioca, contra o Flamengo. O primeiro duelo está marcado para domingo, às 16h, no Estádio Nilton Santos.
Ao longo de sua carreira, ele conquistou quatro Campeonatos Cariocas e um Campeonato Brasileiro, pelo Vasco. No Estadual foram duas finais contra o Flamengo e dois títulos (1987 e 1988). Com 100% de aproveitamento, ele falou dos duelos frente ao rival da Gávea e, com sua experiência, mostrou confiança em um novo título Cruz-maltino. Para isso, Bismarck disse que os jogadores precisam entender a história do clube e jogar de forma aguerrida para superar o Rubro-Negro, que tem um maior poder investimento, atualmente.
– Jogar contra o Flamengo sempre é especial, ainda mais por ter uma torcida fanática, como a do Vasco. Eu acho que Vasco x Flamengo sempre foi o maior clássico do Rio de Janeiro. Qualquer jogo contra o Flamengo é diferente, mas uma final é especial. Ganhamos em 1987 e em 1988. E acho que o Vasco tem que se impor, independente do time que o Flamengo tem. O Vasco tem uma camisa muito forte. Os jogadores precisam saber que a história do Vasco é muito forte e isso é preciso ser incorporado dentro de campo. Eu não gostei dos jogos que eu vi do Vasco, porque o time ficou esperando muito o adversário. Isso aconteceu em dois jogos contra o Bangu e contra o Flamengo. Se o Vasco for audacioso e tiver um comportamento diferente, marcando melhor o meio-campo, que tem Cuellar, Arão, Éverton e o Diego, vai ter mais chances de vencer o jogo. Se repetir o que foram os outros jogos, vai ficar complicado.
Bismarck revelou que ainda mantém contato com o presidente Alexandre Campello e membros do departamento de futebol. Apesar da paixão declarada pelo clube, ele disse que, no momento, os compromissos profissionais não o deixam ter um contato maior com o clube. A participação no programa "Atenção Vascaínos!", segundo ele, o aproxima do Gigante da Colina e seus torcedores.
– Eu sou amigo do Alexandre Campelo, do PC Gusmão, tenho uma boa relação com o Alexandre Faria, que é o diretor de futebol, mas não tenho ido muito ao Vasco pelos meus compromissos profissionais. Porém, continuo amando o clube. Também estou com o canal "Atenção, Vascaínos!", no Youtube. Sempre temos novidades. Um trabalho feito por vascaínos falando do Vasco.
O ex-camisa 10 do Vasco lembrou com nostalgia da sua passagem pelas categorias de base do clube e dos seus companheiros que também foram formados em São Januário. Ele destacou o trabalho de formação de atletas feito pelo Cruz-Maltino e afirmou que os jovens podem recolocar o time carioca entre os protagonistas do futebol brasileiros.
– Que nostalgia boa. O Vasco entrava para ganhar campeonato. Infelizmente, hoje, ficamos preocupados, quando começa o o Campeonato Brasileiro, para não descer para a Segunda Divisão. Isso deixa o torcedor muito triste. Só os jogadores que podem mudar essa história. O Vasco tinha uma base muito forte. Uma das grandes levas de jogadores da base tinha Mazinho, Lira, Romário, Régis, entre outros. Depois veio a minha geração comigo, Sorato, William, Ayupe, Carlos Germano, Cássio, França. De um elenco com até 25 jogadores, 15 eram da base. O Vasco está voltando a trabalhar muito bem a base, tanto que foi vice-campeão da Taça São Paulo, com bons jogadores como os volantes Caio e Bruno, o meia Lucas Santos. É uma geração que tem qualidade para ser utilizada.
Fonte: Yahoo