Cria do Vasco, e carrasco do Bangu na final do Brasileiro de 1984 pelo Coritiba, Índio projeta semifinal
Domingo, 07/04/2019 - 09:22
Neste domingo (07/04), Vasco x Bangu se enfrentam pela terceira vez no ano, sendo dessa vez o confronto mais importante entre eles, já que vale vaga à final do Campeonato Carioca. Para incrementar esse jogo, o Site Vasco Notícias conversou, com exclusividade, com Índio, ex-centroavante revelado pelo Cruzmaltino no final da década de 70 e 'carrasco' de uma das partidas mais emblemáticas da história do Alvirrubro da Zona Oeste, adversário de amanhã: a final do Brasileirão de 1985, contra o Coritiba, no Maracanã (palco do jogo deste domingo), em que foi o autor do gol do empate em 1 a 1 no tempo normal, que levou a decisão para os pênaltis e acabou gerando o título do Coxa. Confira:
1 - Você surgiu para o futebol no Vasco, no final dos anos 70. Gostaria que recordasse aquela época, o time em que jogou e o que lembra de mais marcante daquele período.
''Eu vim do Mixto-MT para o Vasco em 1976 e fiquei até 1978. Peguei a época do Roberto (Dinamite), do Abel (Braga), Zanatta, Dirceu, Zé Mário, Ramon, Wilsinho... essa turma toda. Joguei poucas partidas no profissional. Saí, fui emprestado, depois voltei e saí de novo, enfim. Em 1980, saí em definitivo do Vasco. Mas eu cultivo amizade com alguns deles ainda, graças a Deus. Infelizmente, não ganhei nenhum título pelo clube.''
2 - Na sua opinião, o que mudou no futebol de agora em relação àquela época?
''Eu penso que, naquela época, o jogo era mais bonito, mais cadenciado. Você podia dominar a bola, pensar para tocar. Atualmente, não. Hoje é uma correria muito grande, o cara pode até não saber jogar bola, mas se estiver fisicamente bem, ele joga futebol, consegue marcar um craque. A diferença é por aí. Eu acho que a cada tempo o futebol vai evoluindo, e hoje é a era da correira, que, quando desposta um craque, é diferenciado. Eu cito o Neymar, que, para mim, é um gênio do futebol.''
3 - Tem acompanhado o Vasco? Qual sua opinião sobre o atual elenco e o trabalho feito por Alberto Valentim até o momento?
''Na minha opinião, o Valentim tem feito um bom trabalho, mas ele dispõe de poucas peças para mexer na equipe. Acredito que, com mais duas ou três contratações, ele vá fazer frente nesse Campeonato Brasileiro. Com esse time que está hoje, deve brigar entre oitavo e décimo lugar.''
4 - Em relação à semifinal entre Vasco x Bangu, especificamente falando, o que espera da partida? Qual seu 'palpite'?
''Espero que o Vasco possa reeditar os bons tempos da época em que joguei e que, para esse jogo, possa obter uma grande vitória, apesar de do outro lado estar meu amigo Ado (técnico do Bangu). Mas o coração é vascaíno e eu espero que o Vasco possa ir para a final e conquistar o Carioca.''
5 - Para encerrar, não há como deixar de falar do momento ápice de sua carreira, que foi o gol do título brasileiro do Coritiba, em 1985, contra o próprio Bangu, no Maracanã. Que recordações tem daquela partida, daquele momento em si?
''Ah, isso fica na memória, tanto da minha parte quanto da torcida do Bangu, positivamente, e da torcida do Bangu, negativamente (risos). Acho que foi um momento importante na história do Coritiba e na minha vida, tanto que o clube nunca mais conseguiu ser campeão brasileiro. Fica marcado para sempre.''
Fonte: Vasco Notícias
1 - Você surgiu para o futebol no Vasco, no final dos anos 70. Gostaria que recordasse aquela época, o time em que jogou e o que lembra de mais marcante daquele período.
''Eu vim do Mixto-MT para o Vasco em 1976 e fiquei até 1978. Peguei a época do Roberto (Dinamite), do Abel (Braga), Zanatta, Dirceu, Zé Mário, Ramon, Wilsinho... essa turma toda. Joguei poucas partidas no profissional. Saí, fui emprestado, depois voltei e saí de novo, enfim. Em 1980, saí em definitivo do Vasco. Mas eu cultivo amizade com alguns deles ainda, graças a Deus. Infelizmente, não ganhei nenhum título pelo clube.''
2 - Na sua opinião, o que mudou no futebol de agora em relação àquela época?
''Eu penso que, naquela época, o jogo era mais bonito, mais cadenciado. Você podia dominar a bola, pensar para tocar. Atualmente, não. Hoje é uma correria muito grande, o cara pode até não saber jogar bola, mas se estiver fisicamente bem, ele joga futebol, consegue marcar um craque. A diferença é por aí. Eu acho que a cada tempo o futebol vai evoluindo, e hoje é a era da correira, que, quando desposta um craque, é diferenciado. Eu cito o Neymar, que, para mim, é um gênio do futebol.''
3 - Tem acompanhado o Vasco? Qual sua opinião sobre o atual elenco e o trabalho feito por Alberto Valentim até o momento?
''Na minha opinião, o Valentim tem feito um bom trabalho, mas ele dispõe de poucas peças para mexer na equipe. Acredito que, com mais duas ou três contratações, ele vá fazer frente nesse Campeonato Brasileiro. Com esse time que está hoje, deve brigar entre oitavo e décimo lugar.''
4 - Em relação à semifinal entre Vasco x Bangu, especificamente falando, o que espera da partida? Qual seu 'palpite'?
''Espero que o Vasco possa reeditar os bons tempos da época em que joguei e que, para esse jogo, possa obter uma grande vitória, apesar de do outro lado estar meu amigo Ado (técnico do Bangu). Mas o coração é vascaíno e eu espero que o Vasco possa ir para a final e conquistar o Carioca.''
5 - Para encerrar, não há como deixar de falar do momento ápice de sua carreira, que foi o gol do título brasileiro do Coritiba, em 1985, contra o próprio Bangu, no Maracanã. Que recordações tem daquela partida, daquele momento em si?
''Ah, isso fica na memória, tanto da minha parte quanto da torcida do Bangu, positivamente, e da torcida do Bangu, negativamente (risos). Acho que foi um momento importante na história do Coritiba e na minha vida, tanto que o clube nunca mais conseguiu ser campeão brasileiro. Fica marcado para sempre.''
Fonte: Vasco Notícias
