Reunião com Edmílson Valentim teve Sempre Vasco, Avante, Guardiões, Vascão Gigante e VascoMed, mas não o Casaca
A reunião entre Edmílson Valentim, presidente do Conselho Fiscal do Vasco, e membros das diferentes correntes de oposição do clube, ocorrida na noite de segunda-feira, teve apenas um desfalque de peso: o grupo Casaca, tradicional sustentáculo de Eurico Miranda, atualmente dividido em dois.
Um novo encontro deverá ser agendado para que os conselheiros do Casaca também tenham acesso aos documentos que foram apresentados para a oposição. A ideia do Conselho Fiscal é que tanto a ala encabeçada por Sérgio Frias quanto a liderada por Rafael Landa se encontrem com Valentim.
Entre membros da gestão Alexandre Campello, a reunião foi vista como mais um movimento político da Identidade Vasco para viabilizar um afastamento do presidente. Foi apresentada no encontro uma lista de acordos trabalhistas feitos e não cumpridos pela diretoria, que estariam aumentando o passivo do clube de São Januário.
Estiveram presentes representantes da Sempre Vasco, de Julio Brant; do Avante, incluindo o ex-vice de futebol de Campello Fred Lopes; da Guardiões da Colina; da Vascão Gigante; e da Vasco Med. Procurado, Campello preferiu não se pronunciar.
Tradicional grupo vive racha
Conhecido na política vascaína pelo forte apoio político a Eurico Miranda, o Casaca rachou. Desavenças sobre o caminho a seguir sem a figura do ex-dirigente e atritos sobre a liderança do grupo minaram uma das bases mais fortes dentro do Conselho de Beneméritos.
Os problemas começaram antes de Eurico falecer, no último dia 12. Sérgio Frias, ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo do Vasco na gestão passada, reclamou para si a liderança do Casaca e tentou centralizar as conversas políticas do grupo com outras vertentes. A atitude não caiu bem para outros integrantes da corrente política. O que diziam: "ele quer ser o novo Eurico".
Além disso, discordâncias quanto ao posicionamento do grupo, especialmente em relação à gestão de Alexandre Campello, começaram a pesar. Sérgio Frias já teve conversas com Roberto Monteiro, da Identidade Vasco, no sentido de uma aproximação. Já os dissidentes defendem uma oposição mais amena à atual gestão.
Com isso, Sérgio Frias deixou o grupo. Eduardo Maganha foi junto e, como ele é dono do site Casaca, a corrente se dividiu em duas. Do outro lado estão nomes como o de Rafael Landa, membro do Conselho Fiscal, e Leonardo Rodrigues, diretor jurídico da gestão passada.
A divisão pode influenciar o resultado de votações previstas para este ano na política do Vasco, como a da presidência do Conselho de Beneméritos e a da aprovação das contas de Alexandre Campello.
Fonte: O Globo Online