Governo do RJ deve indicar FFERJ à gestão provisória do Maracanã
Terça-feira, 19/03/2019 - 09:32
Após decidir romper a concessão do Maracanã para a Odebrecht – mudando posição anterior -, o governo do Rio de Janeiro indicou que a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) deve gerir o estádio de forma provisória enquanto for feita uma licitação para ceder novamente o equipamento. Uma segunda alternativa seria uma empresa a ser contratada pelo governo do Estado. Mas a Ferj deve topar. Os clubes podem atuar na operação dos jogos.

O governador Wilson Witzel estabeleceu uma comissão consultiva para fazer o modelo de gestão provisória e nova licitação do Maracanã a ser fechado até 30 dias. Ao explicar o modelo, o governo do Estado informou que vai definir como vai funcionar a administração com a Ferj ou com uma empresa, tendo ou não gestão compartilhada dos clubes nos jogos. Atualmente, os times já operam as partidas.

"A Comissão Consultiva vai definir o modelo de permissão de uso a ser adotado, com a FERJ ou uma empresa à frente do estádio a todo o momento, ou se essa gestão será compartilhada, com os clubes continuando à frente da gestão do estádio em dias de jogos. (…) A permissão de uso será feita de uma forma que possa dar oportunidade a variadas propostas, de diversas fontes, e será escolhida a proposta que seja melhor para o Estado e para os clubes", afirmou texto do governo do Estado de esclarecimentos sobre o futuro do Maracanã.

Há uma expectativa do governo de receber dinheiro. Fica claro pelas explicações do governo que a Ferj é a primeira opção, e como alternativa há empresas que já mostraram interesse em pegar o estádio mesmo de forma provisória.

O blog apurou que a Ferj já foi consultada e topou assumir a gestão provisória. Oficialmente, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, afirmou, por meio de sua assessoria: "Estamos à disposição do governo, ao lado dos clubes em prol do futebol e do torcedor."

A permissão de uso será feita por 180 dias que podem ser prolongados por mais um semestre se não sair a licitação. Se a comissão não aceitar as condições nem da Ferj, nem de uma empresa, o governo do Estado assume de volta a gestão por meio da Suderj. A questão é se os clubes continuarão a ter autonomia de operação de seus jogos como ocorre atualmente com a Odebrecht.

No entendimento do governo, com a saída da construtora, pode aumentar a lucratividade para os clubes no estádio. A avaliação inicial do governo é de que o custo mensal é de R$ 2 milhões, incluindo as operações dos jogos. Mas a comissão do governo vai levantar os cursos fixos e de reparos para divulgar um número.

É possível que seja mantido o modelo atual em que uma empresa/entidade gere o estádio e os clubes operam os jogos, mas com redução de custo. Neste caso, de acordo com o governo, a intenção é que os clubes consigam lucrar sem as altas taxas praticadas anteriormente.

"Isso será definido pela Comissão Consultiva. Mas é possível usar o mesmo tipo de estrutura, com benefício maior para os clubes. No atual modelo, existe a margem de lucro da concessionária, que não se sabe de quanto é, e no caso do sugerido pelo estado, não existiria margem de lucro, apenas os níveis de serviço estipulados e a fiscalização por parte do Estado para que esses serviços sejam de alto padrão", esclareceu o governo do Estado, em nota.

Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL