Autor de gol que acabou com jejum de Estaduais do Vasco em 1970, Walfrido relembra carreira; veja vídeo
Segunda-feira, 25/02/2019 - 08:24
Titular absoluto do time de botão de Sergio Pugliese, nosso capitão, Walfrido recebeu a equipe do Museu da Pelada em São Januário, sua segunda casa, e relembrou um pouco da história que construiu com a bola nos pés.

Conhecido como "espanador da lua" por sua impulsão bem acima da média, que resultou em inúmeros gols de cabeça, o goleador visitou a sala de troféus na Colina e ao cruzar a porta disparou:

- Isso aqui vai até o fundo do mundo! É muita história!

No meio de tanta história, não demoramos a encontrar a taça do Campeonato Carioca de 1970, tão significativa para Walfrido. Após 12 anos de jejum, o Vasco vencia o Botafogo por 2 a 1 e conquistava o torneio.

Se Gilson Nunes abriu o placar com um gol de falta, Walfrido tratou de ampliar a vantagem em um lance que ficara eternizado com a narração do saudoso Waldir Amaral:

- Outra vez o Vasco pela direita, vai levando Buglê, (...) executa o centro para Walfrido, aqui o Espanador da Lua... é goooll!!

O Botafogo ainda descontou no fim da partida, mas não foi o suficiente para tirar o título de São Januário.

Embora tenha sido uma grande pedra no sapato para os marcadores, havia quem cornetava a fera e reclamava das pernas compridas dele, assim como o seu jeito desajeitado. Conforme pesquisa do parceiro André Felipe de Lima, Walfrido, sem papas na língua, respondia na lata:

- Pois são estes pernões que estão aproximando o Vasco de um título que deve ser dele. Estes pernões farão os golzinhos na hora certa! - promessa cumprida!

Após a visita à sala de troféus, nos instalamos nas arquibancadas de São Januário e um filme parecia passar pela cabeça de Walfrido ao avistar o gramado do estádio onde fizera história. Por ali, vasculhamos o acervo do craque, com fotos e matérias bem guardadas por Solange, sua esposa, e relembramos sua trajetória que começou em 1964, sob incentivo do pai, no amador Arraial EC, de Recife.

Com a faixa de campeão do Carioca de 1970 no peito, o artilheiro manteve a postura até os 45 minutos do segundo tempo da resenha. Não se conteve, no entanto, ao ser homenageado pela diretoria do clube com uma camisa do Vasco personalizada.

- Vocês são fodas!!

No fim, ainda sobrou tempo para Walfrido revisitar a grande área e revelar o truque para ser tão letal nas bolas aéreas.

Dê o play e confira a resenha com o Espanador da Lua!





Fonte: Museu da Pelada