Grupo Guardiões da Colina divulga nota sobre a decisão da Taça Guanabara
Terça-feira, 19/02/2019 - 07:53
Vitória da Liberdade
Sou líder de um grupo opositor ao atual presidente, Alexandre Campelo,mas, venho através do exposto abaixo, parabenizá-lo pela postura e atitudes tomadas acerca do imbróglio da permanência do lado da nossa amada e fiel massa Cruzmaltina, razão de tudo!
Fui ao jogo com minha esposa e filha ( ingressos comprados Sexta feira em São Januário) movido naturalmente por todo o entorno da insegurança criada, porém, convicto de que mais uma vez estávamos diante uma luta maquiada de pretenso e falso respaldo jurídico do adversário em questão(Fluminense Futebol club).
Somos um clube de massa, quantitativamente falando, sem falsas definições ou rótulos. Somos negros, brancos, gordos, magros, cafonas, elegantes, diversificados em todos os segmentos naturalmente, jamais de forma forçosa. O cerne, ponto crucial é que somos VASCO!
Justamente por sermos um clube de massa, diversificado, " livre", naturalmente grandioso pelos exemplos e atitudes, priorizamos nossas emoções e sensibilidades com franqueza, sem soberba ou arrogância, desnecessário!
Certo de que viveríamos uma tarde de indefinições acerca da realização do jogo com a presença da torcida, fiz um esquema de almoçarmos(Eu, esposa e filha) próximo ao maraca e dali acompanharmos a resolução final, voltando para casa ou indo para o estádio.
Pois bem, após a decisão do nosso Presidente Alexandre Campelo em "bancar" o jogo com portões abertos e presença da nossa amada torcida, dirigimo-nos ao maraca e presenciamos com nossas exposições todo o ocorrido, tumultos, correria, bombas, tiros de balas de borracha, desespero, pânico, etc. Tudo isso ocorreu por conta da decisão do D. magistrado que não permitiu a abertura dos portões para os torcedores.
Frequentador do maracanã desde 1974, quando ia com meu falecido pai aos jogos, vivi um dilema de consciência entre a exposição da minha filha e esposa no tumulto, riscos e correria e a chamada VASCAINIDADE, hoje diria até, muito explicada artificialmente e pouco sentida! Neste trajeto de retorno para a rua onde estava meu carro, observando o pânico da minha filha, sentenciei-me como irresponsável, afinal, conhecedor de tais riscos(mesmo buscando minimizá-los ao máximo), como pude permitir esta exposição e que naquele momento só poderia ser grato por não ter ocorrido algo pior.
Voltamos para casa( Laranjeiras) e quando liguei a televisão aos 35 minutos do primeiro tempo recebi a informação de que a torcida estava podendo entrar no estádio. A certeza de que eu voltaria para o estádio foi tamanha que minha esposa imediatamente olhando para mim, perguntou" Vamos voltar"? Minha decisão de voltar com minha filha ou sozinho dependeria da minha filha e prontamente voltamos todos para o maraca novamente, apesar dos pesares!
Fomos os últimos a entrar com os seguranças fechando as grades de ferro, isso aos 17 minutos do segundo tempo. Minutos depois estávamos gritando gol do nosso amado clube , e nos rosto de cada Vascaíno tinha um sentimento de conquista, luta, verdade, amor, prazer!
O desfecho futebolístico poderia ter sido outro, sem dúvidas, mas não lutamos apenas pelo resultado nu e cru, não mesmo! No mundo do desporto saudável a certeza que temos é que ganhamos e perdemos, faz parte! Estou dando os parabéns para o Presidente da nossa amada instituição pela boa luta e atitudes.
Tenho por convicção que todos os Vascaínos se sentiram mais Vascaínos por serem a RAZÃO DE TUDO e como de costume, quando considerados e respeitados por boas atitudes, lutam naturalmente por nossa grandeza.
Assim sendo, torço para que nossos torcedores sejam CONSTANTEMENTE respeitados e considerados com a mesma disposição e evidência de ontem e não apenas em situações pontuais ou de conveniências.
Que os votos dos torcedores não sejam depreciados e os mesmos não sejam subjugados e desmerecidos em outras circunstâncias e como ocorreu tragicamente na última eleição.
Telon Bernardes - Presidente do Guardiões da Colina
Fonte: Facebook Guardiões Da Colina