O Vasco da Gama aproveitou para ter um gesto solidário com o Flamengo nas meias-finais da Taça Guanabara. O Gigante da Colina entrou em campo frente ao Resende com a bandeira do Mengão na camisola principal, numa forma de demonstrar solidariedade para com os 10 jogadores falecidos no Ninho do Urubu.
No entanto, a atitude da direção liderada por Alexandre Campello foi alvo de críticas, inclusive de dentro da estrutura do clube. Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo acusou o líder carioca de estar a fazer «demagogia barata que atenta contra as tradições vascaínas».
"Alexandre Campello, na tentativa desesperada de atrair holofotes, conspurcou o que temos de mais sagrado: nossa camisa.
Demagogia barata, que atenta contra as tradições vascaínas, fere o estatuto do clube e ajuda o grande responsável pela tragédia a assumir o papel de vítima.
— Roberto Monteiro (@rmonteir0) February 13, 2019"
Eurico Miranda, ex-vice presidente do clube cruzmaltino também deixou duras críticas. «Tudo tem limite. Homenagens aos meninos e às suas famílias sempre! Ao Clube porquê?», escreveu na rede social Twitter.
A situação ficou ainda mais acirrada durante o jogo, quando o Vasco da Gama anunciou que as camisolas iam ser leiloadas e o valor entregue às famílias dos jogadores que morreram no incêndio que deflagrou no centro de treinos do Flamengo. As várias críticas dos adeptos fizeram-se sentir e meia-hora depois, o emblema carioca publicou uma errata a anunciar que o valor ia reverter para as vítimas das cheias que afetaram as favelas da Rocinha e Vidigal.
"ERRATA
Divulgamos anteriormente que as camisas seriam leiloadas e revertidas para as famílias das vítimas do Ninho do Urubu.
Retificando a informação, as mesmas serão sim leiloadas mas a renda revertida para as vítimas das chuvas da Rocinha e Vidigal.
— #AquiÉVasco (@VascodaGama) February 14, 2019"
Fonte: A Bola