Ministério Público do Trabalho anuncia que fará 'varredura' em CTs de clube do RJ
Terça-feira, 12/02/2019 - 04:41
O incêncio que matou dez jogadores das categorias de base do Flamengo jogou as atenções do Ministério Público do Trabalho (MPT) para os outros clubes do Rio. Nesta terça, o procurador-chefe do órgão Fabio Vilela anunciou uma varredura para averiguar as condições dos centros de treinamento do estado. E deixou claro que a inspeção não se lmitará ao Ninho do Urubu.
- Como procurador-chefe, designei uma força-tarefa composta por procuradores tanto da área do trabalho da criança e do adolecsente como do meio ambiente de trabalho. Há duas questões envolvidas. A primeira é a dos contratos, se os requisitos que constam na Lei Pelé estavam sendo repeitados. E, tão importante quanto a questão da reparação, do acolhimento e indenização adequadas às famílias, é o aspecto preventivo. É evitar que novas tragédias ocorram não só no Flamengo como em outros clubes. Temos que fazer varreduras em outros centros de treinamentos para que outros episódios deste tipo não ocorram no Rio. Junto com a fiscalização, atuaremos juntos verificando a regularidade trabalhista destes atletas - explicou o procurador-chefe do MPT após a reunião entre dirigentes do Flamengo com representantes dos órgãos públicos, na sede do Ministério Público do Rio (MPRJ).
Os outros clubes do Rio já haviam entrado no centro das atenções após o incêncio no Ninho do Urubu. Na última sexta, a Prefeitura do Rio informou que o Flamengo não é o único a não contar com alvará de funcionamento. O Vasco também não possui licença para edificações e nem alvará no CT de Vargem Pequena. Já o CT do Fluminense, na Barra, possui licença para construções. Mas não o alvará de funcionamento.
É importante frisar que a varredura anunciada pelo procurador-chefe do MPT se limita aos aspectos trabalhistas. E as inspeções ainda não têm data para ocorrer.
- Vai ser só o Flamengo? Lógico que não. Vamos dar tratamento uniforme e buscar nos outros campos para evitar novas tragédias ou qualquer outras irregularidades que possam estar ocorrendo no Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: O Globo Online