A conversa envolvendo a semifinal da Taça Guanabara, contra o Resende, reacendeu um assunto adormecido desde o ano passado entre Vasco e Maracanã: a costura de um contrato para que o cruz-maltino jogue um mínimo de partidas pré-estabelecido ao longo do ano. No cenário atual, esse número está entre oito e dez.
A diretoria vascaína está satisfeita com os jogos em São Januário, mas reconhece que precisa de uma alternativa para partidas de grande porte. A discussão com o Maracanã teve pontapé inicial no ano passado, quando o Vasco enfrentou o Santos no estádio. Só que a briga para não cair e a necessidade de fazer valer o fator caldeirão no Brasileiro — somada às dificuldades financeiras — fizeram com que o projeto ficasse em espera.
— O jogo contra o Resende será o segundo jogo (no Maracanã) desde que eu assumi. Conseguimos um avanço importante, abrindo a possibilidade de fechar um contrato que o Vasco jogue em torno de oito a dez vezes no Maracanã. Acho que é um momento importante. Embora tenhamos São Januário, os jogos de maior apelo precisam de um estádio de maior porte — pontuou o presidente Alexandre Campello.
Contra o Resende, Maracanã e Vasco se entenderam para que haja um aperto de cintos nos custos operacionais. O clube informou que conseguiu redução com alguns fornecedores que prestam serviço na partida. A medida principal foi iniciar o planejamento operacional para que só o anel inferior do estádio seja usado. Isso significa que 27 mil lugares estão disponíveis. Dependendo da procura, o clube abrirá o setor Sul inteiro. Há um terceiro estágio, que é utilizar o estádio por completo. Mais uma vez, vai depender da torcida.
Maracanã e Vasco devem se reunir novamente na próxima semana. Para o jogo de domingo, o valor do aluguel será R$ 120 mil, como definido em arbitral na Ferj para os jogos entre grandes e pequenos. Mas isso não significa que o valor será replicado em um eventual contrato para dez partidas. Há muitos itens a serem discutidos entre as partes, como o percentual de participação na receita dos bares, venda de camarotes, além da bilheteria.
— É importante que o Vasco tenha um bom acordo com o Maracanã que viabilize a realização das partidas no estádio, sem que tenhamos prejuízo. O Maracanã está sensível a essa reivindicação — disse o presidente vascaíno.
Fonte: O Globo Online