O momento para os jogadores do Vasco é de curtir as festas de fim de ano e aproveitar o período de férias para recarregar as energias depois de uma temporada de muita pressão dentro e fora das quatro linhas. Até a última rodada o time brigou e conseguiu escapar do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. O meia Thiago Galhardo concedeu entrevista exclusiva a reportagem da Super Rádio Tupi, onde inicialmente classificou como foi 2018 para os vascaínos.
– Foi um ano de altos e baixos. Tivemos muitos problemas de lesão, muitas trocas de treinadores e problemas políticos. Nós participamos da Libertadores com uma campanha ruim, terminamos brigando para não cair no Brasileiro, no Carioca no último segundo perdemos o jogo e o título nos pênaltis e fomos eliminados pelo Bahia na Copa Brasil. Foi um ano bem médio pela história do clube gigante que é. A torcida apoiou, incentivou e foi aos jogos. Sempre que nós jogadores fazíamos um apelo eles compareciam. Graças a deus acabou o ano e que 2019 venha com novas energias, novas fases e que consigamos conquistar coisas grandes por esse clube tão grande.
Permanência no Vasco em 2019
Thiago Galhardo tem contrato até dezembro de 2019. O objetivo é ajudar o Vasco com títulos no ano que vem apesar das sondagens que sempre são feitas no mercado do futebol.
– Tenho contrato. Obviamente surgem propostas e o clube sabe disso. Meu desejo é permanecer pelo carinho e afinidade que tenho no Vasco e também por estar em casa. Queria ter retornado ao Rio, queria ter uma segunda chance e jogar em um grande clube desse porte podendo ajudar e ter o carinho reconhecido não só da torcida, que é fundamental, mas também dos dirigentes e jogadores – Disse o jogador, que fez uma análise pessoal da temporada.
– Pra mim individualmente foi Maravilhoso! Eu resumo assim porque foi um ano no qual eu queria muito jogar e poder ajudar. De fato consegui. Tive algumas parcerias em campo com o Andrés Ríos, Máxi Lopes, que me dei muito bem. Como eu disse tivemos muitas trocas de técnico, algumas lesões me atrapalharam, mas de maio pra cá não tive lesão nenhuma e quando surgiu a oportunidade tive sequência e consegui suprir tudo que eu esperava e meus companheiros também.
Pedido ao técnico Alberto Valentim para jogar como homem de Criação no Meio Campo
Thiago Galhardo atuou em 38 jogos na temporada, sendo 19 vezes titular, marcando sete gols. Apesar de ser volante de origem o jogador relembrou como foi o papo com o técnico Alberto Valentim quando pediu para ter uma oportunidade na função que vem atuando nos últimos três anos como homem de criação no setor de meio campo.
– Na forma que o Valentim joga prefiro estar mais avançado. Eu comecei a minha carreira de volante, sempre gostei de jogar como volante, mas há três anos eu jogo como 10 e gosto dessa função. Quando o Valentim chegou eu acabei sempre entrando de segundo volante. Eu ficava meio perdido tentando atacar com a bola e ajudar sem a bola na marcação. Acabei me prejudicando e prejudicando a equipe, porque tentava fazer e não conseguia. Chegou ao ponto que eu conversei com ele depois do jogo contra o Paraná, quando entrei e não fui tão bem e pedi a oportunidade na minha posição. De fato eu tive contra o Inter em São Januário. Dali em diante, consegui jogar e pegar a sequência que precisava. Gosto muito da camisa 8 pela representação que ela tem no clube e pelo que eu vi do Juninho Pernambucano jogando. É um ídolo que eu tenho, sou muito fã dele. Acho que caiu bem em mim, mas a 10 é pela minha posição de atuar.
Martín Silva e Máxi Lopes
Depois de cinco anos o goleiro Martín Silva deixou o Vasco e com total reconhecimento do torcedor. Martin virou ídolo em São Januário. Dentro de campo se tornou um líder da equipe. Thiago Galhardo lamentou a saída do amigo e desejou sorte agora como goleiro do Libertad, do Paraguai.
– O Martín foi um cara que me abraçou quando cheguei. Um cara de pouca conversa, pouco diálogo, mas estive muito próximo dele. Nos falamos agora nas férias e eu já sabia que ele iria sair até no começo de dezembro. Uma perda irreparável, jogador de três Copas do Mundo, um líder nato dentro do clube. Dispensa comentários o que ele fez no Vasco. Com várias propostas para sair ele jogou a Série B. Falei para ele que desejo toda sorte do mundo na carreira e para a família. De longe vou "encher o saco" como sempre fiz – Revelou o jogador, que aproveitou para destacar a importância do atacante Máxi Lopes, candidato a novo ídolo, na briga contra o rebaixamento.
– Eu tenho muita afinidade com os gringos. O Máxi Lopes é um cara que eu vou para a casa dele e ele vai à minha. Ele me liga de Face time com os filhos para me "encher o saco". Dentro de campo chegou com uma liderança muito positiva, com gols, com assistências
Resumindo foi tão decisivo na parte onde a gente estava complicado e acabou nos ajudando muito. É um cara que eu creio que fique, não vi especulação de nada, até porque também não pesquiso, mas conversei com ele e tem tudo para nos ajudar 100%, até porque teve muito azar na questão do corte no pé. A pancada que ele tomou no último jogo contra o Ceará o deixou sem condições e quis ajudar. Isso é coisa de gringo como também o Ríos que jogou com a mão quebrada. Parabenizá-los por nos ter ajudado.
Curtindo a fase de pai com o filho Bernard
Fora dos gramados o ano de 2018 foi intenso para o pai Thiago Galhardo. Em casa, o jogador vira novamente volante para cuidar do pequeno Bernard, que completou em novembro um ano de vida. Troca de fraldas, banho, comida e brincadeiras
Jogar bola parece fácil perto da responsabilidade que é ser pai.
– Ele dá trabalho cara (risos). Banho eu já não dou porque quase afoguei o menino, mas troco fralda e faço outras coisas. Nas férias a gente pega para viajar e curtir. Vou ficar até meu último dia de férias com ele, com o João Gabriel meu mais velho e aproveitar. Não penso em futebol, não quero ver nada, para que no dia 3 de janeiro a gente se reapresente e comece o trabalho. Que seja um grande ano de 2019.
Tarde de autógrafos em Niterói
Na última quarta-feira (19), o jogador esteve presente na loja oficial do Vasco, situada na esquina das ruas Presidente Backer e Mem de Sá, no bairro de Icaraí, Niterói. Thiago Galhardo tirou fotos, distribuiu autógrafos e esbanjou simpatia com os torcedores. Cerca de 200 pessoas prestigiaram o evento.
– Muito legal esse carinho do torcedor. Tive duas tentativas de estar aqui na loja do clube em Icaraí. Era um desejo antigo, o pessoal tinha me cobrado, eu disse que vinha e não pude estar presente. Depois de um ano tão difícil é legal ter esse contato com o torcedor. Dá um pouco de saudade de voltar a jogar.
Fonte: Rádio Tupi