Ano novo, basquete novo para o Vasco. Embora o grupo não tenha alcançado o objetivo de terminar o primeiro turno do NBB entre os oito melhores, o que lhe daria uma vaga no Super 8 - que está sendo disputado neste fim do ano de 2018 - o técnico Alberto Bial aposta no sucesso de seus comandados, na luta por uma vaga nos playoffs do NBB, ao fim do returno da competição.
Para isso, ele está estudando algumas mudanças de conceitos de jogo e também de posicionamento dos atletas em quadra, principalmente porque, com as recentes chegadas do armador americano Stocks e do pivô Caio Torres, ex-seleção brasileira, acredita que contará com um elenco mais capaz de avançar aos playoffs.
"O Vasco tem um grupo muito forte. Contamos com dois armadores de qualidade, o Vithinho e o Stocks. São dois bons jogadores na posição de ala-armador, o Nick Okorie e o Duda Machado. E é assim também nas posições de ala e ala-pivô. Temos um pivozão dominante, que é o Caio Torres. Vamos jogar mais forte na defesa e conseguir pontuar mais, para termos um ano de 2019 de recuperação. Agora, vamos traçar mudanças, e não metas, para ver se esta consciência nova nos possibilita avançar aos playoffs. Serão mudanças individuais, para desenvolver o coletivo. Teremos algumas mudanças de posicionamentos e vamos procurar especializar mais e mais os nossos jogadores, sem fazer novas improvisações", afirmou Bial. "A partir do returno (do NBB), esperamos obter novos e bons resultados, para atropelar neste segundo turno e garantir nossa vaga nos playoffs."
O returno é a esperança do treinador de 66 anos, 48 deles dedicados ao basquete, o que faz de Bial o técnico mais experiente do NBB. Graças a esta experiência, ele reconheceu que o desempenho da equipe no turno ficou mesmo muito aquém do que era de se esperar:
"Um turno muito ruim. Ruim dentro do meu planejamento, porque muitas coisas não ocorreram do jeito que eu gostaria. Houve muitas mudanças de jogadores e improvisações. Não deu certo o nosso projeto de nos classificarmos para o Super 8. E nossa atual posição na tabela, a 12a (com 16 pontos, 4 vitórias e 8 derrotas), não é aquela em que gostaríamos de estar. Agora, vamos aproveitar este recesso e retornar aos treinos no dia 2 de janeiro, às 10h. Faremos dois dias de treinamento em tempo integral, depois voltaremos aos treinos apenas no período da tarde, para ficarmos prontos para o jogo do dia 9, contra o Bauru (em São Januário)."
Quando fala em mudanças, Bial não as exige apenas dos jogadores. Mas também de si próprio:
"Vamos implantar mudanças no meu trabalho individual, no que diz respeito a conceitos, ideias, escolhas. São alterações que vou amadurecer durante este recesso. Aos atletas, pedi autocrítica, reflexão e que se mantenham em forma durante o recesso."
Em paralelo ao trabalho nas quadras, Bial vem se tornando cada vez mais alguém dedicado a transmitir conhecimento e experiências. Neste sentido vem dando várias palestras, como a um grupo de treinadores convocados pela Associação Carioca de Técnicos, recentemente, na Vila Olímpica da Mangueira, ou a professores de educação física e treinadores no Centro de Capacitação em Educação Física do Exército, na Urca, na semana antes do Natal. A carta na manga, porém, é o fato de ele estar se especializando na atuação como coach de carreiras, não apenas em seu esporte favorito, mas também por meio de palestras nos meios militar e empresarial.
"Começo falando dessa minha experiência como atleta e como treinador, de como, em qualquer área, é importante estabelecer objetivos e trabalhar em equipe para concretizar essas mesmas metas. O basquete se joga com o coração quente, mas com a cabeça fria, conciliando o amor com a paixão, o emocional com o racional. E isso temos de levar para outros aspectos da vida. E saber dizer para nós mesmos: Viva a vida!'", encerrou o treinador do basquete vascaíno.
Fonte: Divulgação (texto), Flickr oficial do Vasco (foto)