Wellington: 'Até hoje eu não entendo essa revolta da torcida do Vasco'
Quinta-feira, 20/12/2018 - 10:11
O volante Wellington tem motivos para valorizar a temporada 2018. O ano terminou de forma positiva para o jogador, que na última semana ajudou o Furacão a conquistar a Copa Sul-Americana. Ele é o único jogador brasileiro a ter dois títulos do torneio – o primeiro foi com a camisa do São Paulo, onde foi revelado.

– É incrível. Depois de muito trabalho e dedicação, me sinto honrado por esse feito. A ficha ainda não caiu, isso não é para qualquer quer um. Só tenho que agradecer a Deus por isso disse em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com.

Enquanto passa as férias em Miami com a família, o volante fez um balanço dos cinco meses no Athletico, projetou a nova temporada e revelou que há conversas para renovar contrato com o clube – o vínculo vai até julho de 2019.

– Existe uma pré-conversa com o Athletico sobre um vínculo maior. Seria de extrema importância esse reconhecimento. Espero que possamos chegar ao um acordo bom para todo mundo. E espero continuar fazendo história.

Até garantir mais um título no currículo, Wellington passou por momentos difíceis. Antes de chegar ao Furacão, em julho, o jogador defendia o Vasco, onde estava desde 2017. Após bom início, virou homem de confiança de Zé Ricardo, mas não manteve a regularidade e encerrou a passagem como um dos alvos da torcida, quando acabou se envolvendo em uma polêmica: foi afastado pela diretoria, junto com outros companheiros, após uma foto publicada nas redes sociais ironizando as vaias que recebiam da torcida.

– Até hoje eu não entendo essa revolta da torcida do Vasco. Quando cheguei lá, o time tinha acabado de subir para primeira divisão e tinha feito 16 contrações. É claro que leva tempo para um time embalar e foi isso que aconteceu. Mesmo com salários atrasados de 10 meses, não conseguimos chegar a uma Libertadores com um elenco muito limitado. E toda responsabilidade de um clube sem estrutura e sem profissionalismo acaba se voltando para alguns jogadores.

– Acho injusto, pois realmente conseguimos colocar o Vasco novamente a brigar por algo grande. Eu sou um jogador que não me escondo dentro jogo e quem mais aparece normalmente é o cara que também pode errar mais. A cobrança da torcida do Vasco foi mais para esconder o que o clube tem de errado e achar culpados do que outra coisa.

Agora, tudo faz parte do passado. Wellington renasceu no Athletico, onde se adaptou rapidamente. Logo que chegou, se encaixou ao grupo de Tiago Nunes, engatou partidas como titular e terminou com 27 jogos disputados.

– Foram cinco meses abençoados por Deus. Foi muito intenso. Eu fui para o lugar certo e na hora certa. Eu tenho a cara do Athletico, e o Athletico tem o meu jeito. Pude contribuir para uma campanha incrível no Brasileirão e conseguir ajudar o grupo também fora de campo.

Ora revezando com Lucho ou Bruno Guimarães para organizar o meio, também virou peça importante no time, principalmente com voz ativa e de liderança no vestiário.

– Fico feliz por essa liberdade de passar a minha experiência vivida em alguns clubes onde passei. Acredito que isso é uma coisa minha, sempre fui assim onde passei e espero contribuir ainda mais para esse clube gigante. Eu não tenho vaidade nenhuma sobre dividir qualquer tipo de coisa.

Com Wellington no grupo, o Furacão terá calendário cheio em 2019: vai disputar o Campeonato Paranaense, a Copa do Brasil, o Brasileirão, a Libertadores da América, a Recopa e a Copa Suruga. Com as competições em vista, o volante faz uma breve projeção da nova temporada.

– É a temporada que o Athletico merece. E em cada uma que vamos disputar iremos competir para ganhar.



Fonte: GloboEsporte.com