Raízes Vascaínas
O jogo terminou em Fortaleza, mas as sensações ruins vividas nesse ano continuam muito fortes na cabeça daqueles que pensam grande para o nosso Gigante. O ano que começou com a pior página da história do Vasco, em janeiro, na Lagoa, terminou com uma fuga contra o rebaixamento, na qual o péssimo nível dos concorrentes nos livrou, sem que houvesse mérito próprio, precisamos entender isso. É triste constatar, mas é a verdade nua e crua.
Um ano caótico politicamente e sofrível dentro de campo, acumulando fracassos. Aliado à conhecida e delicada situação financeira do clube, vieram a gestão e o planejamento pouco satisfatórios, com o presidente optando por acumular as funções de VP de Futebol e Médica, indiscutivelmente os piores setores do clube em 2018. O DM foi ao longo do ano espelho do que há de pior na saúde pública nacional: sempre lotado, atletas com lesões recorrentes, diagnósticos equivocados e tratamentos ineficazes, que afetaram diretamente o combalido departamento de futebol. Este, no qual a diretoria em nenhum momento apresentou um norte, foi tocado com decisões paliativas e na maioria das vezes erradas, com trocas de comando técnico (2x) e diretivo (1x), sem convicção alguma e que apresentaram péssimos resultados, podendo ser personificados pelo senhor Alexandre Faria, com um trabalho lamentável, a cereja do bolo. Resumindo: Improvisamos o ano inteiro, da vice presidência às duas laterais no último e decisivo jogo do ano.
Ficou claro que sempre investir em jogadores em baixa, afastados, sem histórico durante anos de alto rendimento, tende a ser uma grande probabilidade de fracasso técnico /esportivo. O elenco precisa ser reformulado, com a dispensa de jogadores que apresentaram falta de comprometimento e deficiência técnica, não condizentes com a história da instituição, priorizando-se as contratações adequadas às possibilidades financeiras atuais do Club, de jogadores que reconheçam a grandiosidade do Vasco e cheguem para jogar e fazer a torcida ter esperanças novamente de protagonismo do Club. A conta final de investir em 3 jogadores medíocres ganhando 100 mil é a mesma de investir 300 mil em alguém que vai chegar e vestir uma camisa de titular. Nossa limitação financeira não permite grandes sonhos, mas precisamos diminuir essa diferença com competência para saber o momento de investir, usando o Carioca como experiência, principalmente para nossa base, projetando e planejando o campeonato brasileiro, para que outros reforços possam se juntar, para que possamos brigar no topo da tabela.
O ano termina triste para essa grande torcida, apático para quem viu um Gigante lutar por tão pouco, e no qual pessoas tão nocivas atrapalham tanto fora de campo, brigando por seus interesses pessoais e rebaixando moralmente nossa instituição.
Raízes Vascaínas.
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Fonte: Facebook Raízes Vascaínas