A vitória dinte do São Paulo é crucial para o Vasco permanecer na elite do Campeonato Brasileiro. Além dos três pontos primordiais, o Cruzmaltino também vai quebrar um enorme tabu, que é vencer o Tricolor Paulista em São Januário. A última vez foi em maio de 2005, 5ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o Vasco venceu de virada por 3 a 1. Danilo marcou para os paulistas. Coutinho empatou e Alex Dias fez mais dois, garantindo a vitória. Em entrevista exclusiva ao Esporte 24 Horas, o ex-atacante relembrou aquela partida na qual saiu como herói.
"Foi um jogo importante. Jogar contra o São Paulo é sempre difícil. Nesse dia, graças a Deus, eu junto com o Romário e com os demais companheiros, fomos felizes. Eu pude fazer dois gols e no ano seguinte me transferi para o São Paulo, que era um sonho desde a infância, já que é o time do meu coração".
Apesar de ter o coração Tricolor, Alex Dias afirmou que vai torcer para o Vasco, devido as circunstâncias das equipes na tabela.
"Pelas circunstâncias vou torcer para o Vasco. O time está precisando reagir. Então nesse momento eu torço para o Vasco ganhar. Meu Tricolor não chega mais no título, tropeçou nas últimas rodadas, mas com certeza vai chegar na Libertadores. Então vamos deixar o Vascão subir na tabela para não correr risco de cair de novo".
O Vasco venceu o São Paulo com Dário Lourenço como técnico, que escalou o time com Erivélton, Thiago Maciel, Alemão, Éder e Maciel (Jorginho Paulista); Ives, Coutinho, Abedi (Júnior) e Têti (Dominguez); Alex Dias e Romário.
Motivos para o jejum
Desde a última vitória, o Vasco enfrentou o São Paulo em São Januário em oito jogos, somando quatro empates e quatro derrotas. Como mandante teve ainda mais duas partidas. Pelo Campeonato Brasileiro, derrota por 4 a 0 no Mané Garrincha e empate em 1 a 1 no Maracanã pela Copa do Brasil. O dois jogos em 2015. Em 13 anos, o Vasco até conseguiu vencer o São Paulo, só que no Morumbi. Vitórias em 2011 (2 a 0) e 2012 (1 a 0), pelo Brasileirão. O ex-atacante Alex Dias tentou explicar o motivo para o jejum, que na avaliação dele está na postura do time.
"Jogando em casa, a torcida cobra para o Vasco sair para cima do adversário. Já no Morumbi, fora de casa, pode jogar mais recuado e quem tem que sair é o São Paulo. Com isso se tem os contra-ataques e as vitórias aconteceram no Morumbi, mas não em São Januário".
Para Alex Dias falta ambição aos jogadores em querer ganhar as partidas.
"Tem que se formar um time vencedor. O lema nosso na época era de vencer todos os jogos em casa. O Campeonato Brasileiro é sempre difícil e isso é fundamental. Tem que montar um time com a mentalidade vencedora, tem que querer ganhar os jogos".
Recado para Maxi López
Para o jogo de quinta-feira (22), Maxi López deve retornar ao time, após um corte sofrido no pé direito. O atacante é a grande esperança de gols do Vasco para conquistar os três pontos diande do São Paulo. Responsável pela última vitória em São Januário, Alex Dias acredita que o argentino possa fazer a diferença.
"É ter tranquilidade. A pressão é muito grande em cima do Vasco. Os torcedores com certeza vão cobrar. Mas ele é um jogador experiente, tem demonstrado isso, tem ajudado o Vasco com muitos gols. Ele chegou agora e já caiu nas graças da torcida. Eu tenho certeza que com a experiência e tranquilidade dele, os jogadores se ajudando, tendo muita força de vontade, o Vasco pode se dar bem".
Alex Dias afirmou que o jogo será bem difícil, mas crê em vitória vascaína, arriscando até o placar.
"Claro que o jogo não vai ser fácil. O São Paulo é uma grande equipe, com Diego Souza e o Nenê. Mas espero que o Maxi faça os gols que o Vasco precisa nesta reta final. Meu placar é 1 a 0, gol dele, garantindo os três pontos".
Curtindo a vida
Atualmente Alex Dias trabalha como empresário de jogadores. Possui alguns nomes conhecidos no futebol brasileiro. Bem-humorado, o ex-atacante afirmou que ainda bate uma bolinha e segue curtindo a vida.
"Tenho um escritório em Goiânia, trabalho com alguns jogadores como o Rithely, que está no Internacional, Marcos, goleiro do Goiás. Além de muitos jogadores da base do Vila Nova, Atlético-GO e o próprio Goiás, São Paulo e Grêmio. É claro que sigo batendo minhas peladinhas, jogando um futevôlei e curtindo a vida".
Fonte: Esporte 24 horas