Basquete: Alberto Bial e Cássio Santos falam sobre os jovens da base no elenco do Vasco
Tradicionalmente conhecido por ser um clube formador de talentos, o Vasco vem fazendo esse trabalho forte de base no basquete. Na equipe que disputa o Novo Basquete Brasil, o técnico Alberto Bial puxou quatro jogadores (Gabriel, Araújo, Ítalo Honorato e Caio) das categorias inferiores, além de já contar com Luiz Felipe, formado em São Januário. Com quase 50 anos de basquete, Bial explica como é realizado esse trabalho com os garotos e fala sobre a importância de valorizar a base do Gigante da Colina.
- Eu acho que pra retomada do Vasco no basquete nós precisamos olhar para os meninos da base. Hoje eu vi esses três rapazes, além do Gabriel: o Caio, o Ítalo e o Luiz Felipe como os três que tem o biotipo mais propício para o jogo. São altos, com perfil de atletas que podem desempenhar mais de uma função. São jogadores que tem que trabalhar a parte física, ganhar massa muscular, definir bem o corpo, preparar bem a carga de fundamentos do jogo, aprender a arremessar, passar, driblar. Eles precisam trabalhar bem essas valências. Estamos trabalhando forte para aprimorar eles nessa faixa de idade. É com muita alegria, que a gente pode ter jogadores com esse perfil, para que possamos fabricar e formar o jogador dentro de São Januário. Espero que a gente consiga formar outros grandes jogadores. É dessa raíz, dos 8 aos 10 anos, nas escolinha, no mini-basquete, que temos que iniciar o trabalho desses jogadores em São Januário. Temos esses cinco meninos, que estamos promovendo e vemos com potencial para fazer parte do adulto e que em breve para começar a atuar mais em quadra. São talentos - explica Bial.
Treinador de Luiz Felipe, Ítalo, Caio e Araújo na base, o auxiliar-técnico Cássio Santos viu a evolução de todos eles e exaltou a maturidade que os garotos ganharam em pouco tempo trabalhando com a equipe profissional do Vasco:
- O Caio, o Ítalo, o Araújo e Luiz Felipe chegaram aqui bem jovens. O Caio e o Ítalo eu vi na casa dos 12, 13 anos, já o Luiz Felipe e o Araújo chegaram um pouco mais tarde, mas pegaram essa boa safra, que conquistou títulos estaduais. Obviamente eles sentem essa transição da base para o profissional, mas uma coisa a se destacar é, primeiro, essa perseverança deles. E o amadurecimento mental, emocional deles, além de físico. Por exemplo, eles chegaram aqui 7 horas, com o treino marcado para às 10. Então, eles treinaram no mínimo três horas a mais que todo mundo. São garotos que escutam, desde muito jovens são educados e talentosos, tanto que estão fazendo parte do plantel profissional.
Já Bial fez uma análise mais específica sobre Gabriel, que subiu com 16 anos e é quem mais tem minutos jogados somando o Campeonato Carioca e o NBB:
- O Gabriel é um talento nato. Além de ter o jeitão de um armador, ele tem um chute muito rápido, coisa difícil de achar em um jogador. Tem um gatilho, um arremesso, mal comparando, ao Curry. Está aprimorando muito o controle de bola dele. Nós subimos ele para o adulto com 16 anos e espera que ele faça uma carreira muito promissora no Vasco da Gama. Eu cheguei com essa idade no adulto. É um menino de muita personalidade, muita coragem e tem todas as valências para ser um bom armador: visão de jogo, bom arremesso, persistência, força de vontade e sabe jogar o pick and roll. Agora é questão de trabalharmos muito ele nessa faixa de idade, dos 16 aos 21 anos, para que ele possa deslanchar. Acho que a grande promessa do basquete da Cruz de Malta é o Gabriel. Tem que trabalhar muito esse controle de bola. Nós colocamos muito ele em oposição aos armadores mais velhos do time.
Fonte: Site oficial do Vasco