Dirigente do Grêmio relembra chegada de Maxi López em 2009 e semelhanças com fase no Vasco
Constantino, cujo nome está tatuado no braço esquerdo do pai Maxi López, não era nem nascido quando o atacante desembarcou no Grêmio, em 2009. Da estreia à despedida, foram nove meses, tempo que levou para gerir uma história de dúvidas no começo, gols no meio e rompimento conturbado no fim. Neste domingo, às 17h, ele reencontrará o time de Porto Alegre com a camisa do Vasco, em um jogo em que promete ser de martírio para o argentino.
Isso porque os cariocas armam um ferrolho para sobreviver na capital gaúcha. Maxi López, que já reclamou de receber poucas bolas, deverá ter momentos de solidão no ataque. Nada que se compare, porém, ao que viveu nos primeiros jogos pelo Cruz-maltino. Sem ritmo, sofria para tocar na bola. Isso fez com que o Duda Kroeff, vice-presidente de futebol do Grêmio, tivesse um déjà vu de nove anos atrás.
- No Grêmio foi a mesma coisa, ele chegou mais pesado, cheguei a me perguntar: "Será que acertei na contratação?" - lembra Kroeff, presidente dos gaúchos na época: - Ele cresceu aos poucos. Acho que está surpreendendo nesse retorno ao Brasil. Muitos achavam que já não tinha mais nível.
Sua vinda para o Grêmio foi a maneira que o atacante encontrou para sair do FC Moscou - o clube faliu em 2010 - e ficar mais próximo de Buenos Aires, sua cidade natal. Após entrar em forma, conseguiu boa média, assim como tem sido no Vasco. No Brasileiro de 2009, foram 12 gols em 25 jogos. O mais importante deles, no dia 19 de julho. No clássico contra o Internacional, histórico por acontecer apenas um dia depois de o duelo completar 100 anos de existência, Maxi López marcou o gol da vitória por 2 a 1, no antigo Olímpico.
- Gosto dele, conversávamos muito. Vou tentar dar um abraço nele antes da partida — afirmou Duda Kroeff.
Saída pela porta dos fundos
A história com o Grêmio só durou tão pouco por vontade de Maxi. O clube tinha prioridade na compra dos direitos do atacante, fez valer a cláusula, mas não contava com a decisão do argentino de sair. A questão foi parar na Fifa, onde o gringo levou a melhor e conseguiu o direito de ir para o Catania, da Itália. Daquele time de 2009, apenas o goleiro Marcelo Grohe permanece no Grêmio. O camisa 1, lesionado, não enfrentará o argentino. Mas só tem boas referências a respeito dele.
- Maxi sempre foi um jogador muito profissional, que trabalhava muito. Dentro de campo era da mesma forma, sempre se dedicava nos jogos - afirmou Grohe: - Ele é um atacante perigoso. Mesmo com pouco tempo de Vasco, já é referência.
Neste domingo, o técnico Alberto Valentim deverá escalar o time com três volantes. Leandro Castan, suspenso, deve ser substituído pelo jovem Ricardo Graça.
Fonte: Extra Online