Grêmio x Vasco retrata mudança de patamar de Renato Gaúcho, hoje técnico bem cobiçado
O duelo entre Grêmio e Vasco, domingo (11), às 17h (de Brasília), em Porto Alegre, marca a mudança de patamar na carreira do técnico Renato Gaúcho em dez anos. Enquanto cada clube busca objetivos distintos no Campeonato Brasileiro, o comandante, que negocia uma possível renovação com o Tricolor, vivencia cenário que talvez não esperasse no longínquo 2008.
Muito mudou na carreira e no status do Portaluppi desde o primeiro rebaixamento do Vasco. Se na época deixou de ser levado a sério em inúmeras oportunidades, atualmente está entre os treinadores mais cobiçados do futebol nacional. Os recentes títulos da Copa do Brasil e da Copa Libertadores pelo Grêmio consolidaram de vez a carreira do comandante falastrão.
Se o rebaixamento no Cruzmaltino em 2008 foi uma marca negativa, Renato "catapultou" o status nos últimos dez anos nas três passagens pelo Grêmio. O auge foi no final do ano passado, quando ergueu o sonhado tricampeonato da Libertadores.
Depois do vice-campeonato da competição continental no Fluminense em 2008 - poucos meses antes da queda do Vasco -, ele assumiu o Tricolor Gaúcho no segundo semestre de 2010. Recebendo um grupo desunido com o rendimento aquém do esperado, mudou o quadro em poucas semanas. Da zona de rebaixamento levou o time para o quarto lugar na classificação do Brasileiro e a vaga na Libertadores do ano seguinte.
Porém, em 2011, encarou problemas fora de campo com a direção que assumiu o comando. E as eliminações na Libertadores e no Gauchão resultaram na demissão. Quando deixou o Grêmio, viu a torcida, que o idolatra desde os tempos de atleta pelos gols no Mundial de 1983, protestar do lado de fora do Olímpico.
Veio o Atlético-PR em passagem sem sucesso, e novamente o Grêmio em 2013. Contratado pelo presidente que o levou ao sucesso como atleta, Fábio Koff, Renato novamente correspondeu. Foi vice-campeão daquela edição do Brasileiro e novamente garantiu vaga na Libertadores seguinte. Desta vez, por desacerto financeiro, não renovou contrato.
Em 2014 passou de novo pelo Flu, e em 2016, quando Roger Machado foi demitido, iniciou a trajetória que mudou de vez sua história como técnico de futebol. No primeiro ano conquistou a Copa do Brasil pelo Grêmio, no segundo, a Libertadores, no terceiro, a Recopa e o Campeonato Gaúcho. E a sequência positiva ainda pode continuar, caso ocorra a renovação contratual.
O jeito de Renato não mudou. Ele continua falastrão, bem-humorado e provocador. Era assim nos tempos de resultados ruins. Com conquistas relevantes no currículo de técnico, o panorama se consolidou. Se em 2008 sofria com "piadas", o Portaluppi de dez anos depois se tornou um dos profissionais mais importantes entre os treinadores do país.
Fonte: UOL