Luiz Gustavo é o jogador vascaíno com o maior número de interceptações no Brasileiro
Às vésperas dos clássicos do fim de semana, o Espião Estatístico homenageia os Anjos da Guarda do Brasileirão: Igor Rabello (Botafogo), Henrique (Corinthians) e Réver (Flamengo) são os defensores que mais protegem os goleiros quando todo o resto já deu errado. Em 31 partidas, o zagueiro Igor Rabello interceptou 33 finalizações de adversários, impedindo que a bola chegasse no gol. Os dados não levam em consideração as vezes em que se impediu uma finalização, só quando fez uma intervenção após a conclusão ser feita.
As defesas se organizam para impedir as finalizações, mas quanto mais jogadas os adversários conseguem concluir, mais o goleiro fica exposto, e maior a chance de levar um gol. Nesses momentos, cabe a seus Anjos da Guarda, normalmente os zagueiros, impedir que a bola chegue no gol. E ninguém cumpriu mais esse papel do que Igor Rabello.
Um motivo para Igor Rabello se destacar é que o sistema defensivo do Botafogo é um dos mais abertos do Brasileirão: seus jogadores são os que mais fizeram interceptações (114) e o segundo maior percentual de intervenções entre o total de finalizações sofridas (27% -- só o Grêmio consegue mais do que isso, 28%).
A condição de Anjo da Guarda, de atleta que dá uma proteção extra ao goleiro, é majoritariamente assumida por zagueiros. As 15 primeiras posições são ocupadas por um jogador dessa posição. Há um motivo para isso: a maiorias das finalizações (52%) e dos gols (86%) são conquistados de dentro da área, e os zagueiros estão na frente do gol. Veja o ranking abaixo.
Se Igor Rabello foi quem mais vezes impediu a bola de seguir seu caminho rumo ao próprio gol, o segundo colocado Henrique, do Corinthians, teve dois momentos de maior glória, quando impediu um gol quando o goleiro já havia sido vencido, o famoso "salvou sobre a linha do gol", mesmo que a bola não tenha chegado exatamente ali. Henrique participou de 29 partidas para conseguir 26 intervenções.
O terceiro colocado, Réver (Flamengo), disputou 22 partidas e sua marca é maior do que uma por jogo, já que conseguiu impedir 23 bolas de chegar ao gol, sendo que em uma delas o goleiro não tinha mais chances na jogada.
Henrique e Réver reforçam uma característica que torna Igor Rabello diferente dos demais: ele se posiciona de forma a estar muito mais próximo do finalizador. O Espião Estatístico diferencia um "bloqueio" de um "desvio". Considera bloqueio quando o defensor está muito próximo de quem conclui a jogada. E trata como "desvio" quando a interceptação é feita já com a bola em viagem, já longe de quem fez a finalização.
Note no ranking que Igor Rabello faz muito mais bloqueios que os demais, o que indica uma agilidade maior para estar próximo da finalização. A questão da idade pode ser um componente importante nessa diferença: Rabello tem apenas 23 anos, enquanto Henrique acaba de fazer 32 anos, e Réver está com 33 e faz aniversário em janeiro.
Mesmo com Rabello & Cia. se desdobrando, o Botafogo é a quinta equipe que mais sofreu finalizações (422) e a sexta que mais sofreu gols (42). Como comparação, o Flamengo é a quarta equipe que menos sofreu gols, e o Corinthians, o oitavo, só que a equipe paulista é a que mais sofreu conclusões (444), e o Flamengo, a sexta equipe que menos arremates permitiu aos adversários. O Flamengo consegue interceptar 23% das finalizações que sofre, e o Corinthians, 18%.
Para que todo torcedor soubesse quem é o maior Anjo da Guarda de sua equipe, seria necessário fazer um ranking com mais de 50 jogadores. Para evitar uma lista imensa como essa, separamos no ranking abaixo apenas o jogador de cada time que mais interceptações de finalizações conseguiu no Brasileirão. Veja quem é o Anjo da Guarda do seu time.
Fonte: GloboEsporte.com