Basquete: Bial busca inspiração em Davi e Golias para motivar o Vasco
Quinta-feira, 01/11/2018 - 22:47
A célebre narrativa bíblica de David e Golias, citada no primeiro livro de Samuel - na qual o jovem guerreiro israelita David consegue derrotar o gigante ao arremessar uma pedra em sua testa - será usada pelo técnico do basquete do Vasco, Alberto Bial, para motivar seu grupo para a partida contra o forte Paulistano, atual campeão do Novo Basquete Brasil, nesta sexta-feira, às 21h10m, em São Januário, pelo NBB.
Bial está ciente do poderio do adversário e das próprias limitações, já que o elenco vascaíno vem se ressentindo dos desfalques de Vithinho e Pillar, lesionados. Por isso, o técnico quer fortalecer o moral do elenco, em especial depois das duas derrotas fora de casa, para o Sesi Franca, por 101 a 75; e para o Life Fitness Minas, por 93 a 65, nesta quarta.
"O Paulistano é muito forte, com Léo Meindl, Renan, Yago, todos de seleção brasileira. É o atual campeão do NBB. Mas esse embate David contra Golias já estou cansado de fazer, e sou um técnico do tipo que tira água de pedra", comentou Bial. "Vamos usar esta história bíblica como forma de motivação, e há mil outras grandes histórias de superação no atletismo, na maratona, no futebol e no basquete. No nosso esporte, temos a vitória do Brasil sobre os Estados Unidos na final dos Jogos Pan-Americanos de 1987 (de virada por 120 a 115). No primeiro tempo, tudo parecia perdido, mas o Ary Vidal montou uma estratégia espetacular para a virada, usando as bolas de 3 pontos."
Os arremessos de 3 pontos, por sinal, vêm sendo uma preocupação de Bial. Tanto no insucesso diante de Franca quanto diante do Minas, a defesa vascaína sofreu com a artilharia pesada das equipes adversárias. "Vou tentar preparar a equipe para ser menos vulnerável às bolas de 3, que têm sido um calo para nós. Precisamos saber dificultar esse tipo de lance.
Realista, Bial lamenta os desfalques por lesões. Sem Vithinho, o único armador de ofício do elenco, ele se vê obrigado a improvisar Alexei na armação, revezando-o com Duda e com o americano-nigeriano Nick Okorie, o que acaba prejudicando a organização da equipe, já que jogadores se veem fora de suas reais características. Pillar, por sua vez, faz falta na rotação (sequência de trocas).
"Sofremos duas derrotas pesadas, que abalam o time. Mas, além do nosso trabalho técnico, tático e físico, vamos fazer os atletas recuperarem o ânimo, para poderem jogar da forma que necessitamos", enfatizou, antes de encerrar: "Até por jogarmos em casa, com nossa torcida, precisamos ter um desempenho diferente dos dois últimos jogos, resgatando nosso jogo coletivo e nossa entrega. Creio que uma equipe dirigida por mim não possa deixar de ter superação e garra. Precisamos encontrar forças dentro de cada um de nós e do nosso coletivo."
Fonte: Site oficial do Vasco