Maxi López teve uma passagem curta, mas movimentada por Porto Alegre. Adversário do Inter pelo Vasco nesta sexta-feira (25) às 21h30 (de Brasília), o centroavante defendeu o Grêmio de fevereiro de 2009 até o fim daquela temporada. Tempo suficiente para fazer gol em clássico, ver sua esposa na época (atualmente ex) causar polêmica e ir embora forçando o clube a procurar ressarcimento na Fifa.
É possível dizer que Maxi ganhou idolatria da torcida do Grêmio de forma imediata. O simpático centroavante tinha poucos dias em Porto Alegre e já era celebrado pelos aficionados. Ambulantes rapidamente providenciaram perucas loiras, imitando os longos cabelos do jogador, que eram vendidas nas cercanias do Olímpico a cada jogo.
Mesmo que tenha sido um dos goleadores do time na Libertadores daquele ano, com quatro gols, a eliminação para o Cruzeiro, com uma chance clara perdida no jogo do Mineirão, e a acusação de racismo do volante Elicarlos, que o fez prestar esclarecimentos na delegacia na saída do jogo, marcaram negativamente a passagem.
O ápice, então, foi o gol contra o Internacional no clássico Gre-Nal dos 100 anos. De cabeça, Maxi virou o jogo e deu a vitória ao Tricolor no dia 19 de julho de 2009, pelo Brasileirão.
Fora de campo, era carregado a todos os treinamentos pela esposa. Wanda Nara, atriz argentina, levava o atleta ao Olímpico e acompanhava a atividade da beira do campo. Vez por outra, voltava para casa e ia buscar o marido ao fim do treino, sempre nos luxuosos veículos da família.
Em uma dessas ocasiões, envolveu-se em uma polêmica. Contou à imprensa argentina que sofreu uma tentativa de sequestro. No relato, ela afirmou que sempre pedia a um táxi para ir na frente do carro particular para guiá-la até o Olímpico. Mas nesta ocasião, o motorista teria combinado com um motociclista e levado a então esposa de Maxi para fora da cidade.
"Eu havia saído depois de comprar um presente para o Herrera, companheiro de time do Maxi. Estava na caminhonete com minha mãe e meu filho Valentino. Maxi me ligou para que eu fosse buscá-lo após o treino. Sempre que vou a algum lugar, chamo um táxi para me guiar na frente, pois não conheço muito as ruas. Só que o taxista me reconheceu, conversou com outro taxista em um semáforo e com outra pessoa que estava em uma moto logo atrás. Aconteceu que esse taxista tomou um caminho e fomos parar em uma favela, cruzando com muitas pessoas. Quando entramos na favela, o taxista estava à frente. Estamos vivos por milagre", disse ela ao jornal Primicias Ya, da Argentina, em 2009.
"Conseguimos escapar porque o carro é veloz. Tomamos uma rua e saímos de lá na contramão. Arranhei toda a caminhonete tentando escapar. Aqui existe uma máfia de taxistas. Maxi foi ao meu encontro com o Herrera. Quando chegaram lá, eles me disseram: 'Wanda, eles te levaram para fora da cidade para te sequestrar'", completou. Ela decidiu não prestar queixa, e até hoje nada foi comprovado.
Fonte: UOL