Neste domingo, dia 26 de agosto, a conquista do título da Libertadores de 1998 pelo Vasco completa 20 anos. Depois de um início turbulento, a equipe do técnico Antônio Lopes se ajeitou e se transformou em uma máquina de jogar futebol. Confira a retrospectiva desde a estreia até o retorno festivo ao Rio de Janeiro nos braços do povo.
Vasco levanta a taça da Libertadores de 98
Nos três primeiros jogos, apenas um ponto conquistado
O Vasco iniciou a Libertadores de 98 com três partidas seguidas fora de casa. Na estreia, contra o Grêmio, no estádio Olímpico, derrota por 1 a 0. Na rodada seguinte, a equipe foi até Guadalajara, no México, para enfrentar o Chivas e perdeu novamente por 1 a 0. O primeiro ponto foi conquistado na terceira partida, no 1 a 1 com o América-MEX, no estádio Azteca. O gol foi marcado por Ramon.
Gol de Ramon contra o América-MEX, no estádio Azteca
Em São Januário, classificação antecipada
Em seu primeiro jogo em casa, na quarta rodada, o Vasco conseguiu sua primeira vitória. Por 3 a 0 sobre o Grêmio, com dois gols de Luizão e um de Donizete. A partida teve um público de 15.520 pagantes e confusão na entrada do estádio.
Entrada tumultuada da torcida do Vasco na partida contra o Grêmio
Gol de Luizão contra o Grêmio na fase de grupos
Na rodada seguinte, o adversário foi o Chivas, em São Januário. O Vasco venceu por 2 a 0, novamente com participação de destaque de Luizão, que marcou duas vezes. Com o resultado, o Vasco se classificou por antecipação. Por isso, na partida seguinte, contra o América-MEX, o técnico Antônio Lopes optou por escalar um time de reservas. O placar foi 1 a 1, e o gol cruz-maltino foi marcado por Richardson.
Gol de Luizão contra o Chivas, na quinta rodada
Oitavas de final: força em casa e superação em Minas
No início da fase eliminatória, o adversário do Vasco foi o Cruzeiro. O primeiro jogo foi em São Januário, e a equipe cruz-maltina mostrou mais uma vez sua força dentro de casa. Luizão e Donizete foram decisivos novamente, e cada um marcou uma vez. No Mineirão com 62 mil torcedores celestes, o Vasco soube suportar a pressão e segurou o empate em 0 a 0.
Gol de Donizete contra o Cruzeiro nas oitavas de final, em São Januário
Quartas de final: novamente o Grêmio
A equipe gaúcha, adversária na primeira fase, voltou a cruzar o caminho do Vasco, agora nas quartas. O principal destaque cruz-maltino foi Pedrinho, que fez gol tanto no empate em 1 a 1 no estádio Olímpico, na partida de ida, quanto na vitória por 1 a 0 em São Januário. Na ocasião a equipe não contou com Carlos Germano, que estava na seleção brasileira e foi substituído por Caetano nos dois confrontos.
Gol de Pedrinho contra o Grêmio na partida de ida
Gol de Pedrinho contra o Grêmio em São Januário
Semifinal: a decisão antecipada e o gol monumental
Os duelos com o River Plate, considerado um das equipes mais fortes do continente, com jogadores como Gallardo e Sorín, foram o ponto alto da campanha do Vasco. Uma disputa muito equilibrada, mas que começou com a vantagem cruz-maltina após a vitória por 1 a 0 no primeiro jogo, em São Januário. Carlos Germano conseguiu boas defesas e garantiu o resultado.
Gol de Donizete Pantera contra o River Plate deu a vantagem para o Vasco
Até Edmundo, que havia deixado o clube após ser campeão brasileiro no ano anterior, foi a São Januário assistir ao jogo. Claro, foi muito tietado.
Edmundo em São Januário para assistir a Vasco x River
O jogo da volta, no Monumental de Nuñez, é um capítulo à parte. O River vencia até os 37 do segundo tempo, quando Juninho, que havia começado no banco, cobrou a falta perfeita que entrou para a história. O placar de 1 a 1 classificou o Vasco para a decisão contra o Barcelona-EQU, que eliminou o Cerro Porteño, do Paraguai. A sensação era de que o obstáculo mais difícil havia sido superado.
"Gol do Juninho, monumental"
Final: o show na Colina e a guerra no Equador
O primeiro jogo da decisão foi em São Januário, e o Vasco, superior tecnicamente, soube fazer o dever de casa. Venceu por 2 a 0, com gols da dupla Donizete e Luizão. O estádio estava superlotado, com mais de 30 mil pessoas, e a torcida fez uma festa inesquecível.
Festa da torcida do Vasco no primeiro jogo da final da Libertadores
Gol feito por Donizete no primeiro jogo da final da Libertadores 98
Na finalíssima, o Vasco encontrou um clima bastante hostil em Guayaquil. Foram, entre outras coisas, pedradas no ônibus e forte cheiro de tinta no vestiário. Mas dentro de campo a categoria dos jogadores cruz-maltinos prevaleceu novamente. A vitória por 2 a 1, com gols de Luizão e Donizete, decretou o título da Libertadores no ano do centenário.
Gol de Donizete, o do título do Vasco na Libertadores de 98
No aeroporto rumo ao Brasil, os jogadores comemoraram com muito pagode. Era só um aquecimento para o que os aguardava no Rio de Janeiro.
Celebração dos jogadores do Vasco após a conquista da Libertadores
No Rio, a recepção foi calorosa. Um carro do corpo de bombeiros levou os heróis da conquista por diversos pontos da cidade em carreata, inclusive na frente da sede do rival Flamengo. O fim da festa foi com os torcedores em São Januário.
Carreata do título da Libertadores do Vasco
Fonte: GloboEsporte.com