Dinamite comenta saída de Jorginho, exalta Valdir e fala sobre política do Vasco
Sexta-feira, 17/08/2018 - 10:01
O Vasco não tem pressa para anunciar um novo técnico, mas enquanto nomes e mais nomes são especulados, Valdir assume a equipe interinamente contra o Ceará, pela 19ª rodada do Brasileirão. O profissional, inclusive, tem o aval do ex-presidente e um dos maiores ídolos do clube, Roberto Dinamite.

De passagem pelo Amazonas, onde disputou amistoso pela equipe master do Cruz-maltino, Dinamite avaliou como precoce a demissão de Jorginho, mas deixou claro que, se ainda ocupasse o cargo máximo da instituição, daria uma oportunidade para "Bigode" de forma definitiva.

- É uma situação para o presidente que está à frente do clube neste momento (Alexandre Campello). Eu manteria o Jorginho nesse período, mas é uma situação que cabe ao clube, diretoria, ao presidente do clube. Junto com os profissionais que estão ali. Mas vejo que Valdir já deu mostras o suficiente quando foi solicitado, foi até bem, por quê não aproveitá-lo nesse período? - ponderou.

Dinamite, por outro lado, destacou que, mais que buscar um treinador, o Vasco precisa arrumar sua situação financeira e buscar reforços de peso para o segundo turno do Brasileiro, única competição que resta até o fim de 2018. Ele afirma que a diretoria precisa montar um elenco competitivo para evitar o quarto rebaixamento na história.

- Estou torcendo mais do que nunca para que as coisas possam melhorar. Não basta só o técnico, é preciso ter equilíbrio financeiro para buscar novos reforços para que o Vasco possa se tornar cada dia mais competitivo. O clube precisa se reprogramar com relação à parte financeira - disse

- Teve agora a saída do Paulinho, que foi um valor alto. O clube tem problemas nesse sentido, mas espero que, acima de tudo, construir ou reconstruir a situação financeira, ter novos parceiros, e que as pessoas permitam que a direção que está lá hoje possa fazer o seu trabalho com mais tranquilidade - completou.

O ex-mandatário, que ficou no cargo de 2008 a 2014, ainda disse que o maior problema da atual diretoria é a falta de paz para trabalhar.

- Há grupos dentro do processo político do clube que torcem contra, e não pelo sucesso da administração. Quando se tem que administrar um clube e as pessoas que também estão dentro do clube não ajudam, fica mais difícil. O Vasco precisa de paz para buscar um planejamento melhor. Sendo curto e direto: As pessoas que amam e respeitam o Vasco, ajudem. Quem não quiser ajudar, afaste-se do Vasco.

Crise política atual

Eu vivi e convivi com isso diretamente. Sei o que é essa situação dentro do clube, infelizmente acontece. Há grupos dentro do processo político do clube que torcem contra, e não pelo sucesso da administração. Um dos fatores que acho fundamental e aconteceu durante minha administração é que quando você assume a presidência do Vasco, você não administra um período, mas sim um passivo que vem lá de trás e que precisa ser trabalhado.

Gestão no clube

Além de tentar formar uma grande equipe, uma equipe competitiva, tive compromissos que foram criados antes. Peguei problema de 2000 e 2001, entrei em 2008, só conseguimos fazer uma equipe competitiva em 2011, que foi muito boa e ganhou até a Copa do Brasil. Esse problema não é só do Vasco, mas da grande maioria dos clubes brasileiros.

Imagem arranhada?

Foi superlegal. É distante (Manicoré, interior do Amazonas), mas o acolhimento, o carinho do torcedor foi uma coisa que temos que olhar e perceber o tanto de vascaíno que tem no Brasil. Eu fiquei muito feliz com a recepção, com o evento em si, mas principalmente com essas trocas de energia com o torcedor.

Profut

Isso vem com intuito de tornar a situação do clube viável. No período que tive a frente do Vasco, trabalhamos em cima disso. Espero que o clube possa cumprir essas obrigações, regularizar a vida do clube, ter novos parceiros. Quando eu quis fazer o contrato com a Caixa, tive que correr atrás de ter as certidões e tornar isso viável.



Fonte: GloboEsporte.com