Manchester City quer emprestar ex-vascaíno Douglas Luiz a clube europeu; volta ao Brasil está descartada
Sábado, 11/08/2018 - 01:30
O Manchester City calcula cuidadosamente o próximo passo da carreira de Douglas. A recusa da Federação Inglesa (FA) em conceder a licença de trabalho ao jogador de 20 anos obriga o clube a emprestá-lo novamente. O City avalia sua passagem pelo Girona como um erro estratégico, possivelmente o principal motivo do visto ter sido negado. Dessa vez, será preciso um movimento preciso para que Douglas possa jogar na Inglaterra daqui a um ano.

Em julho de 2017, o City pagou 13 milhões de euros ao Vasco por Douglas. Menos de um mês depois, emprestou o brasileiro ao Girona, até então apenas um parceiro. Logo em seguida, o City acertou a compra do clube espanhol, em parceria com o irmão do técnico Pep Guardiola.

Ou seja, é como se Douglas estivesse em casa para se desenvolver e voltar um ano depois. Só que as coisas não saíram como parecia ser óbvio. O treinador Pablo Machín parecia não fazer parte desse projeto. Douglas disputou apenas 15 partidas pelo Girona, uma como titular.

Essa estatística teve peso na decisão da FA de não conceder licença ao brasileiro. Os critérios para estrangeiros poderem atuar na Premier League são variáveis: estão condicionados ao número de jogos dos atletas pela seleção de seu pais, à posição dessas seleções no ranking e ao desenvolvimento técnico, o estágio da carreira.

Ciente de que teria dificuldades em razão da estagnação de Douglas na Espanha, o City preparou um relatório de peso sobre a evolução do atleta, com direito a depoimentos de Guardiola e Tite, técnico da seleção brasileira que tem Douglas no radar para futuras convocações. Ambos ficaram frustrados.

A ideia é que o volante atue numa das principais ligas europeias: Espanha, Itália, Alemanha ou França. Ou então num clube de ponta de Portugal ou Holanda. Mas antes de negociar, o City quer se cercar da maior quantidade possível de informações que sugiram certo protagonismo a Douglas nesta próxima temporada: se o técnico costuma escalar brasileiros, se o elenco já tem outros jogadores com essas características, e por aí vai.

Uma volta ao Brasil está descartada, já que daqui a um ano o City terá de comprovar à FA uma etapa de desenvolvimento de Douglas para que a licença, enfim, seja dada. Atuar novamente no futebol brasileiro seria encarado como um retrocesso.

O estafe do meio-campista também espera que ele seja convocado para a seleção brasileira nos próximos meses. Seria um trunfo na tentativa de obter o visto. Porém, isso seria bem mais provável se ele pudesse ser treinado por Guardiola e defendesse o City.



Fonte: GloboEsporte.com