Campello fala sobre política, contratações, patrocínios, Zé Ricardo, Juninho Pernambucano e Rodrigo Caetano
Quarta-feira, 16/05/2018 - 22:46
Na noite desta quarta-feira (16), o presidente do Vasco, Alexandre Campello, deu uma entrevista exclusiva ao programa de rádio Caldeirão Vascaíno na Rádio Livre AM 1440, RJ. O presidente respondeu a perguntas de diversos vascaínos.

Campello iniciou sua participação falando sobre a reunião realizada na última segunda-feira. Ele explicou do que se tratava tal encontro.

"A reunião de segunda-feira teve cunho político. Desde que eu assumi, estamos trabalhando para fazer tudo àquilo que prometemos. Contratamos uma empresa para nos ajudar a fazer o balanço e outra para fazer uma auditoria nesse balanço. Identificamos algumas imperfeiçoes nas operações dos jogos, então interferimos na operação dos jogos, na secretaria e na tesouraria. Algumas pessoas não gostaram e realizaram algumas denúncias. Quem não concordou com o que esta sendo feito, rompeu com a direção.No conselho, nós mostramos de maneira abrangente e clara que tudo o que estava sendo dito era inverdades, comprovamos através de documentos."

Ele ainda falou sobre o grupo Identidade Vasco, grupo político que motivou a ação, considerada por muitos vascaínos como uma tentativa de golpe.

"Eu não diria que foi a Identidade Vasco como um todo. O grupo tem pessoas de muita qualidade, ótimas pessoas participando, mas infelizmente um número menor de pessoas acabam tendo uma influência muito grande sobre o grupo. As coisas foram conduzidas de maneira que as pessoas fossem levadas a esse movimento. Pessoas que jamais estiveram participando da gestão do clube acabaram se posicionando de forma alinhada com esses formadores de opinião. De fato, algumas atitudes incomodaram, porque frustraram alguns projetos. Existe uma divergência daquilo que se pregava antes e do que está sendo feito agora."

O presidente deixou claro que o objetivo de sua gestão é fazer o melhor para o Vasco e que pretende manter a união entre as pessoas que trabalham e administram o clube.

"É preciso pacificar. É preciso que as pessoas parem de se atacar. É inadmissível uma reunião como a de segunda-feira, onde sócios quase foram as vias de fato. A gente tem que aceitar as diferenças, mas pensar no Vasco acima de tudo."

Na noite desta quarta-feira (16), o presidente do Vasco, Alexandre Campello, deu uma entrevista exclusiva ao programa de rádio Caldeirão Vascaíno na Rádio Livre AM 1440, RJ. O presidente respondeu a perguntas de diversos vascaínos.

Um dos assuntos mais questionados pela torcida do Vasco foi a respeito de novos patrocínios. Campello explicou que o clube segue em busca de um patrocinador máster e também falou a respeito da quebra de contrato com a Lasa.

"Existem várias grandes empresas internacionais que poderiam ser possíveis patrocinadores, mas é importante ressaltar que essas empresas fazem seu orçamento para o ano seguinte e destinam essas verbas em outubro, novembro, ou seja, as verbas para 2018 já foram destinadas e repassadas. Hoje, o que a gente tem encontrado são patrocínios pontuais. Temos sim buscado inúmeras empresas do Brasil e de fora, mas o que temos conseguido até agora são os pontuais. Talvez uma empresa que queira entrar no Brasil tem a possibilidade de disponibilizar uma quantia para esse tipo de investimento. Com todos que nós temos conversado, eles tem intenção de patrocinar, mas já destinaram a verba para esse ano, mas que um acordo com o Vasco possivelmente acontecerá ano que vem. Já temos algumas conversas encaminhadas, mas nada concreto."

Alexandre Campello ainda demonstrou responsabilidade em valorizar a marca Vasco quando o assunto são os patrocinadores.

"Alguns querem oferecer um valor que está fora do mercado. Não adianta ter um patrocínio com valor baixo, pois isso desvaloriza a marca, e nós queremos é a valorização. Nesse momento, nós estamos sem nenhum patrocinador, mas podemos continuar com os pontuais, desde que compatíveis com o valor da marca do Vasco."

O presidente vascaíno ainda foi questionado a respeito dos prejuízos que o contrato com a Lasa trouxe ao clube.

"A gente ficou impedido de buscar um patrocinador máster nesse período, mas fora isso, não tivemos maiores prejuízos. Nós assumimos no dia 23 de janeiro, rompemos o contrato mais ou menos no dia 16 de fevereiro, então durante esse período precisamos ficar inertes ao patrocinador máster por questões contratuais."

Na noite desta quarta-feira (16), o presidente do Vasco, Alexandre Campello, deu uma entrevista exclusiva ao programa de rádio Caldeirão Vascaíno na Rádio Livre AM 1440, RJ. O presidente respondeu a perguntas de diversos vascaínos. Confira alguns tópicos da entrevista

Direitos de imagem

"Em relação às cotas de TV, esse ano principalmente, nós temos um comprometimento importante daquilo que temos para receber. Dentro daquilo, uma parte é destinada para o ato trabalhista, existem também algumas penhoras, alguns adiantamentos que os bancos recebem diretamente. Em 2018 existe um comprometimento importante, que começa a diminuir somente a partir do meio de 2019. Esse ano vai ser um ano muito difícil, mas a partir de 2019 começaremos a ter uma folga no nosso orçamento."

Demissão de Zé Ricardo

"Eu tive uma conversa com o Zé Ricardo, onde eu ratifiquei a confiança absoluta no trabalho dele."

Volta de Rodrigo Caetano

"O Vasco hoje tem profissionais que estão trabalhando lá, então não pensamos na volta do Rodrigo Caetano nesse momento."

Juninho Pernambucano

"Ele não está na diretoria. Algumas vezes conversei com o Juninho, ofereci a possibilidade de fazer um jogo de despedida, ele agradeceu, mas disse que entendia que o momento oportuno para isso já havia passado, o que eu discordo. Acho que o Vasco deve ao Juninho um jogo de despedida, ainda mais esse ano, em que o Vasco faz 120 anos e comemora os 20 anos da conquista da Libertadores. As portas de são Januário estão abertas para ele, basta ele querer."

Revitalização do entorno de São Januário

"Eu já solicitei uma audiência com o prefeito para que a gente debata esse assunto, que é fundamental. São Januário é um patrimônio da cidade e precisa ser tratado como tal. Revitalizar o entorno é importante para que a gente consiga melhorias no estádio. A gente sabe que isso é possível desde que haja uma vontade política. Conseguindo essa revitalização, ai sim conseguiremos trabalhar no estádio. Pensar na construção de um novo estádio não será uma opção que vai agradar o vascaíno. Os torcedores tem um amor e um orgulho muito grande por São Januário, então acho que a opção seria modernizar o entorno dele e utilizar melhor o espaço que está em nosso terreno."

Terceiro uniforme

"Vamos lançar uma terceira camisa para o aniversário do Vasco. O material já está sendo produzido e acho que vai agradar muito os torcedores."

Contratações

Alexandre Campello afirmou que o Vasco está buscando dois ou três reforços, mas não revelou quais as posições ou possíveis nomes. Ele ainda falou sobre a volta de ídolos, algo questionado pelos vascaínos.

"Eu acho muito interessante a contratação de um grande ídolo, mas nós devemos trabalhar dentro de um orçamento. O Vasco não suporta mais loucuras, não se pode mais endividar o Vasco mais do que já está."

Eleição direta

O presidente Alexandre Campello declarou ser a favor das eleições diretas, porém o conselho não permite a alteração da forma de eleição no clube.

Carlos Leite

"Existe uma certa confusão nessa questão. Na realidade hoje, a Fifa não permite mais que os empresários tenham participação no passe dos atletas. O que acontece hoje é que esses empresários são representantes desses atletas. Hoje, o Vasco não deve absolutamente nada ao Carlos Leite. Toda dívida que existia foi quitada. Obviamente, ele representa vários jogadores que hoje tem contrato com o Vasco, assim como com o Corinthians, Fluminense e diversos outros times. Ele é um empresário forte no mercado. Por outro lado, as pessoas criaram essa coisa com o Carlos Leite, mas em vários momentos ele foi parceiro do clube. Quando eu assumi, nós não tínhamos dinheiro para realizar a viagem para o Chile, estávamos com salários atrasados, e ele nos socorreu com empréstimo de 10 milhões. Em vários momentos ele foi parceiro do clube. Eu vejo com uma certa injustiça algumas declarações que são dadas. Mas claro, ele é empresário, está no mercado para ganhar dinheiro."





Fonte: Supervasco (texto), Facebook Programa Caldeirão Vascaíno (foto, vídeo)