Campello oferece vice-presidências a aliados de Brant, mas deve acumular a pasta do futebol
Alexandre Campello, propositalmente ou não, tem abalado com a base política de Julio Brant, quem derrotou na eleição para presidente do Vasco em janeiro passado. Com 13 cadeiras de vice-presidente do clube desocupadas, foi ao quadro social do clube de São Januário atrás de interessados. Alguns tiros foram direcionados a aliados de Brant, que balançam diante da possibilidade de chegarem ao poder.
Dois grupos devem se afastar da Sempre Vasco, de Julio Brant, para ocupar a diretoria de Alexandre Campello. Rodrigo Saavedra, da PretroVasco, foi chamado para ser vice-presidente de patrimônio. A tendência é que aceite o convite, mesmo que isso signifique o afastamento dos aliados atuais.
A Sempre Vasco acertou com seus aliados que todo convite que aparecer será discutido em grupo, para que o conjunto decida pela participação ou não na gestão de Campello. Apesar da maleabilidade na teoria, há quem acredite que o acerto com a situação signifique o rompimento para as próximas eleições.
João Marcos Amorim, da Cruzada Vascaína, é outro aliado de Brant seduzido por Alexandre Campello. A oferta da vice-presidência de finanças ocorreu depois que Jorge Salgado declinou ao convite do presidente. É outro que tem boas chances de aceitar.
A Cruzada Vascaína também recebeu o convite para ocupar a vice-presidência de Relações Especializadas, que ficaria com João Ernesto Ferreira. Ele já ocupou cargo na gestão de Roberto Dinamite e a tendência é retornar à diretoria.
Quem se mantém até agora fechado com Brant é a VascoMed. Um dos primeiros nomes procurados por Campello para assumir a vice-presidência médica foi o de Gustavo Almeida, mas o médico recusou o convite.
Campello deve acumular vice-presidência de futebol
Sem sustentação política desde o rompimento com a Identidade Vasco, Alexandre Campello garimpa nos grupos menores que giram ao redor da Sempre Vasco e na composição derrotada na campanha de Fernando Horta a reconstrução de sua diretoria.
Cláudio Gomes é um exemplo. Ele apoiou o presidente da Unidos da Tijuca na última eleição e está bem cotado para assumir a vice-presidência de comunicação. Carlos Fernandes Araújo, da Construtora Irmãos Araújo, deve ser o vice de obras.
A pasta mais cobiçada do Vasco, porém, deve ficar com o presidente. Alexandre Campello deve acumular a vice-presidência de futebol, em um primeiro momento. Foi no setor onde ocorreram os principais atritos com a Identidade Vasco, quando não conseguiu trabalhar com Fred Lopes.
Fonte: O Globo Online