Confira como o Vasco pretende usar dinheiro da venda de Paulinho; clube espera para julho nova verba da venda de Coutinho
A venda do atacante Paulinho é um alento em meio à crise financeira que o Vasco enfrenta desde o ano passado. Salários atrasados, dívidas, empréstimo... Os problemas no caixa cruz-maltino serão amenizados com o que o clube tem direito dos cerca de R$ 85 milhões que o Bayer Leverkusen pagará pela promessa, mas não serão estancados.
Deste valor, o Vasco tem direito a aproximadamente R$ 55,25 milhões (65% dos direitos econômicos de Paulinho). Com essa quantia, o Cruz-Maltino pretende:
- Pagar três meses de salários atrasados (dois de 2017 e um de 2018), que giram em torno de R$ 15 milhões;
- Pagar cerca de R$ 26 milhões de dívidas à Receita Federal;
- Repassar os R$ 10 milhões emprestados por Carlos Leite, empresário de Paulinho, no início do ano.
Pagando a Receita Federal, o Vasco terá direito a retirar suas CNDs (Certidões Negativas de Débitos) e, assim, receber R$ 6 milhões do patrocínio da Caixa Econômica Federal - 20% deste valor já está depositado em juízo por causa de ação do Sindicato dos Trabalhadores de Clubes. O clube, então, ficará com R$ 4,8 milhões. Campello, no entanto, negocia novo acordo com o banco estatal.
Em um cálculo inicial, o Vasco prevê conseguir pagar, com o que sobrar da venda de Paulinho, mais três meses de salários de 2018. Em julho, o Cruz-Maltino receberá mais R$ 4 milhões da ida de Coutinho para Barcelona, ajudando a manter as contas em dia.
Depois do empate em 1 a 1 com o Racing, pela Libertadores, o goleiro e capitão Martín Silva confirmou o atraso salarial, mas preferiu não cobrar a diretoria.
- Ainda tem atraso, do mês passado (março). Estão começando a pagar. Ainda não caiu. Acho que stão trabalhando para colocar tudo em dia. É um processo difícil. Acho que não vai ser de um dia para o outro (que vão resolver) - disse Martín.
Fonte: GloboEsporte.com