Na véspera de duelo decisivo da Libertadores, Vasco relembra suas viradas históricas
O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor". A expressão que acompanha o Gigante da Colina desde a década de 80 do século passado mais uma vez precisa ser entoada a plenos pulmões pelos vascaínos e vascaínas de norte a sul deste país. Precisamos, outra vez mais e como sempre deve ser, ajudar o clube a ascender a antiga mística de ser uma espécie de "fênix dos gramados".
O Cruzmaltino terá uma partida decisiva contra o Racing Club, da Argentina, pela Conmebol Libertadores, nesta quinta (26/04). A vitória trará novos ventos que permitirão a nau vascaína seguir firme no sonho do Tricampeonato da América. Ainda restam três jogos e o apoio dos torcedores e sócios é fundamental para a vaga para as oitavas de final da mais importante competição nacional ser conquistada.
Virada e superação são características do Gigante da Colina desde a sua fundação. Superando duas grandes cisões nos seus primeiros anos de existência, o Vasco se reergueu para consolidar-se como o maior clube náutico do país já nas duas primeiras décadas do século XX.
No futebol, a Revolução Vascaína que modificou radicalmente o futebol carioca e brasileiro na década de 20, dialogando com as camadas populares a tal ponto de conseguir sagrar-se campeão da então Capital Federal com atletas negros e brancos de baixa condição social, forçou os demais clubes co-irmão a terem que se abrir para essa categoria social.
Vieram justamente nessa época, mais precisamente em 1923, as primeiras grandes viradas vascaínas que assombraram os adversários. Recém chegado à principal categoria do que conhecemos como Campeonato Carioca, o excelente preparo físico de seus jogadores permitia que o Cruzmaltino virasse seus jogos e superasse seus adversários, derrotando clubes tradicionais do esporte bretão carioca.
Na década de 40 e 50, o Expresso da Vitória também promovia as suas "viradas históricas". Uma das mais emblemáticas foi contra o Flamengo. No dia 21 de agosto de 1949, aniversário do Gigante, São Januário recebeu o Clássico dos Milhões. Os flamenguistas não venciam os vascaínos desde 1945. Com 10 minutos de jogo, o Rubro-Negro já aplicava dois a zero no placar e tudo indicava a quebra da escrita. Mas, Ademir e companhia viraram o jogo em 5 a 2 para delírio da massa cruzmaltina que via mais uma vitória do Clube sobre os rivais da Zona Sul.
Entretanto, nenhuma virada do Vasco é tão lembrada na contemporaneidade como o 4 a 3 aplicado sobre o Palmeiras na final da Mercosul de 2000, revertendo um jogo que perdia por 3 a 0 em pleno Parque Antártica. A "Virada do Século", como ficou conhecido o feito vascaíno, é sem dúvidas a maior virada de placar da história numa final entre clubes grandes no futebol internacional, se não por números, com certeza por emoção.
No presente, temos como inspiração tanto as grandes glórias do passado quanto os últimos jogos da temporada em que conseguimos renascer em campo e conseguimos vitórias incríveis que nos encheram de orgulho. A partir disso, precisamos de todo apoio dos torcedores para o Vasco se impor diante do clube argentino e seguir na Conmebol Libertadores. O Vasco é o time da virada, ainda mais quando é abraçado pelo amor de sua torcida.
Fonte: Site oficial do Vasco