Titular no início do ano, Ricardo Graça perdeu espaco no time
Terça-feira, 24/04/2018 - 09:24
O começo de 2018 de Ricardo foi acima das expectativas. Ele foi titular nas quatro partidas da Libertadores, renovou contrato, teve atuações elogiadas, mas... Não foi suficiente. Sacado da equipe desde a derrota por 4 a 0 para o Jorge Wilstermann, na Bolívia, o zagueiro perdeu espaço no elenco.

Ao todo, foram 10 jogos no ano - nove deles como titular, o último no dia 10 de março, contra o Madureira, pelo Campeonato Carioca. Sua última aparição foi na final diante do Botafogo, quando entrou aos 38 minutos do segundo tempo.

A ausência de Ricardo é lembrada pela torcida sempre que um zagueiro titular tem atuações questionáveis. O último episódio foi contra a Chapecoense, em que Paulão falhou no lance do gol de Wellington Paulista. Curiosamente, quem formou dupla com ele foi Werley, escolhido por Zé Ricardo para o lugar de Erazo.

Hoje, Ricardo é claramente a quinta opção da zaga cruz-maltina, que ainda espera o retorno de Breno. Mas por que o jovem que começou bem o ano não convenceu Zé Ricardo?



A questão da altura

O perfil de Ricardo é de um zagueiro mais técnico, mas com menos potencial físico. Ele tem 1,82m de altura e também não é considerado dos mais velozes. Compensa com posicionamento e boa saída de bola.

Estatísticas de Ricardo na Libertadores

Rebatidas 6,5 por jogo
Chutes bloqueados 0,25 por jogo
Intercepções 2 por jogo
Desarmes 0,25 por jogo
Faltas 1,5 por jogo
Passes certos 121/155 (78%)

Diante do Jorge Wilstermann, em seu jogo derradeiro, o zagueiro teve dificuldade para marcar a bola aérea do time boliviano. Entretanto, o problema tem se repetido no Vasco independentemente da dupla de zaga escolhida por Zé Ricardo.

O técnico cruz-maltino justificou a escolha por Paulão e Erazo porque queria zagueiros mais experientes e altos.

Os números, porém, mostram que o desempenho de Ricardo é parecido com o dos outros dois. Pegando os jogos da Libertadores como recorte (por dados disponíveis e nível comparativo), ele vai bem nas rebatidas e intercepções, mas peca nos desarmes. Veja o gráfico abaixo:

Comparação com Paulão e Erazo na Libertadores



Contrato renovado

Ricardo sempre foi tido como um dos jogadores mais promissores da posição na base. Chegou a ser emprestado para o futebol de Portugal e retornou no ano passado, quando se destacou no sub-20.

Entretanto, isso não é um consenso no clube. No fim de 2017, a avaliação era de que ele não havia evoluído o esperado em seus primeiros meses no profissional - foi promovido em agosto, logo após o título carioca sub-20.

Com o bom início de ano, Ricardo renovou o contrato até janeiro de 2021. Isso coincidiu com sua saída da equipe titular. O jogador terá mais três anos para recuperar espaço no elenco.

Fonte: GloboEsporte.com