Especulado no Vasco, Diego Souza não vem sendo relacionado no São Paulo
Quarta-feira, 11/04/2018 - 09:45
Se surgir um clube que pague R$ 10 milhões, Diego Souza será vendido.

Na sua 14ª transferência na sua instável carreira, o jogador já decepcionou profundamente a diretoria, conselheiros, a Comissão Técnica e a torcida do clube. Bastaram três meses e há arrependimento por parte do inseguro Leco, que acatou a sugestão de Raí.

Não foi por acaso que o jogador de 32 anos ficou no Brasil. Não seguiu nem como reserva, na estreia do time na Copa Sul-Americana, quinta-feira, contra o Rosário Central, em Buenos Aires.

Não há qualquer problema físico com ele.

A decisão foi de Diego Aguirre. O treinador não tem gostado da falta de atitude do meia atacante nos treinos. Desinteressado, apático, frio. Não se importa em ter perdido a posição de titular. O técnico está procurando despertar no elenco exatamente o oposto que o ex-jogador do Sport tem mostrado. Quer garra, luta, disposição, raiva, vontade extrema de vencer.

Diego Souza é um jogador mimado. Nos 13 clubes pelos quais passou sempre foi a mesma coisa. Enquanto era titular absoluto, ídolo, principal figura do time, o retorno vinha em campo. Com gols e grandes atuações. Mas bastava começar a ser questionado e o seu futebol despencava.

Há atletas de elite que reagem bem à cobrança. E outros que se abatem, perdem o interesse, a gana. É o caso de Diego Souza.

Tudo começou a implodir quando chegou no São Paulo. Empresários o indicaram a Raí que insistiu com o inseguro Leco para a contratação do meia. O então treinador não queria Diego Souza. Por um motivo muito claro. Sabia que ele iria exigir jogar como atacante de referência e não meia. É assim que o técnico da Seleção Brasileira, Tite o enxerga. E deixava claro em toda a entrevista que poderia chamá-lo a qualquer instante. E poderia estar no grupo que disputará a Copa do Mundo da Rússia.

Dorival acreditava que, como meia, Diego Souza poderia ser muito mais útil ao elenco. O treinador acabou cedendo. As atuações do atacante de referência foram fraquíssimas. Dorival Júnior perdeu seu emprego.

Com Diego Aguirre, a mesma história. O jogador indicou onde gostaria de atuar. E voltou a jogar muito mal. Pior. Aguirre não se deixou comover com suas chances de ir disputar a Copa do Mundo. O treinador quer tornar vitoriosa a sua passagem no comando do São Paulo. E Diego Souza logo perdeu o lugar no time. Virou reserva de luxo.

Nos treinos, o técnico tentou saídas. Como atacante de referência não funcionava. Lento, sem agilidade, nem vivência para ser um bom pivô. O que é um problema grande. Já que o uruguaio quer o ataque são paulino funcionando em alta velocidade.

Aguirre optou por fazer Diego treinar como meia. Apático, desinteressado, lento. Além de jogar mal, estava dando péssimo exemplo para os jogadores da base que a diretoria mandou que o técnico passasse a usar no elenco principal.

Por isso, não houve constrangimento.

Diego Aguirre mandou cortar Diego Souza.

Não foi relacionado para o importante jogo na Argentina.

E está claro que, arrumar um outro clube para jogar, Aguirre não colocará obstáculo algum. Muito pelo contrário. Pelo fraquíssimo futebol mostrado pelo meia, seria até um alívio. Ele recebe R$ 450 mil mensais e mais R$ 200 mil de luvas mensais. É o salário mais alto no Morumbi.

Raí tem pedido mais paciência com o jogador.

Mas Aguirre segue exigente.

Sabe que não tem tempo para tentar agradar o meia.

Ele quer uma equipe competitiva contra o Rosário Central.

O desencanto com Diego Souza foi rápido demais.

Ainda mais para quem precisa de um título em 2018.

Se não mudar de postura, não joga com Aguirre.

Por enquanto está servindo como exemplo para o uruguaio.

Do que ele não quer em campo, com a camisa são paulina.

Se surgir uma equipe que pague os mesmos R$ 10 milhões que o São Paulo gastou com o jogador, o treinador recomendará a venda.

Diego Souza está avisado...



Fonte: Blog do Cosme Rímoli - R7