O Conselho Deliberativo do Club de Regatas Vasco da Gama se reúne na noite desta segunda-feira (9) para apresentar o saldo inicial dos trabalhos da Comissão de Reforma do Estatuto. Entre as principais mudanças sugeridas pelos oito membros estão a manutenção da eleição indireta e o aumento no número de representantes do CD.
Na ocasião, os conselheiros poderão sugerir emendas. Feito isto, um novo documento será formulado e pode ser votado até o dia 29 de maio. A aprovação depende de dois terços do quórum mínimo, que é de 150 membros mais um. Já na Assembleia Geral, a decisão é por maioria simples.
Tão logo foram conhecidas, as propostas foram alvo de críticas por parte da oposição, que vê um possível instrumento de manutenção do poder, uma vez que "fecharia" ainda mais o clube.
Membro da Comissão e presidente da Cruzada Vascaína, Carlos Leão esclareceu a posição do grupo e garantiu, em contato com a Expresso, que a defesa da eleição direta é um ponto inegociável.
– Em relação ao posicionamento do nosso grupo, temos duas questões que são fundamentais no momento: nada vai avançar se não houver proposta de eleição direta. Essa é a grande questão. Sendo eleição indireta não concordamos em mandar nenhum documento para a Assembleia Geral. É inegociável – argumentou o conselheiro de oposição, que também adiantou o posicionamento sobre outros aspectos.
– Outro ponto muito crítico é o aumento no número de conselheiros, de 300 para 360. Somos a favor da paridade entre o número de conselheiros Beneméritos e Eleitos, mas somos contra esse aumento desnecessário no número de conselheiros. Entendemos que o debate é muito importante. Há claramente evolução em alguns aspectos, como por exemplo, o aumento do número de conselheiros fiscais e o aumento de um para dois anos no tempo de contribuição para o sócio ter direito a voto. Naturalmente existem outros artigos menos críticos, que são discordantes, mas que podemos debater – completou Leão.
Fonte: Expresso 1898