Na manhã deste sábado (7), o atacante Paulinho precisou passar por uma cirurgia no cotovelo para reconstituir os ligamentos laterais e fixar um fragmento ósseo na ulna com placa e parafusos. A equipe médica foi formada por Dr. Marcos Teixeira, Dr. Rodrigo Furtado e Dr. Carlos Fontes, todos do Vasco da Gama, além dos doutores Márcio Schiefer e Rickson Moraes, especialistas em cotovelo.
Márcio Schiefer, inclusive, foi responsável pela segunda cirurgia do goleiro Jefferson, do Botafogo. Com ampla experiência no assunto, o médico foi convocado pelo Vasco para fazer parte da operação de Paulinho. A equipe do Esporte Interativo entrou em contato com Márcio para ter mais detalhes sobre o procedimento cirúrgico realizado no jovem atacante.
Confira abaixo a entrevista completa com Márcio Schiefer, ortopedista especialista em lesões no cotovelo.
Por que serão quatro meses de recuperação?
"A nossa programação para ele é deixar de quatro a seis semanas imobilizado com tipoia. Depois dessas quatro, seis semanas, a gente provavelmente vai liberá-lo para correr e treinar aeróbio. Mas ainda não dá para ter contato porque o problema é que o cotovelo, depois de uma lesão dessa e depois do período de imobilização, fica muito atrofiada a musculatura. Se ele voltasse a jogar quando tirasse a imobilização, porque afinal de contas ele só corre, não precisa do cotovelo para se apoiar, igual o goleiro, mas o risco é ele cair e não ter musculatura suficiente pra segurar o cotovelo e ele se machucar de novo. Então, quatro meses é o tempo porque: a gente fez duas cirurgias em uma. A gente abriu o cotovelo dele do lado externo, no lado lateral do cotovelo e reparou os ligamentos que ele rompeu. E depois na face interna, a gente abriu também para fixar a fratura. De um lado do cotovelo ele arrebentou o ligamento e do outro lado do cotovelo ele teve a fratura. Foram quase três horas de cirurgia".
Fonte: Esporte Interativo