O Vasco apostou no mercado sul-americano para fazer bonito no seu retorno à Libertadores após seis anos, mas tem de lidar com a oscilação de seus gringos neste início de competição. Martín Silva, Erazo, Desábato, Riascos e Ríos fazem do clube da Colina o representante brasileiro com mais estrangeiros na competição em 2018, mas não tem sido sempre que quantidade se converteu em qualidade.
Martín, herói da classificação contra o Jorge Wilstermann, na disputa de pênaltis, falhou no gol da Universidad de Chile. Ríos e Riascos, ambos com cinco jogos na Libertadores, ainda não conseguiram fazer gols.
Os recursos escassos para contratar não foram um obstáculo para o clube cruzar a fronteira e formar o elenco com os cinco gringos. Três foram contratados na janela de transferências do começo do ano: Erazo (Equador), Desábato (Argentina) e Riascos (Colômbia), que se juntaram a Martín Silva (Uruguai) e André Ríos (Argentina). Em um elenco com várias promessas e outros jogadores mais velhos, mas com pouca rodagem internacional, o toque importado pode ser fundamental.
- As desatenções em partidas de Libertadores terminam em gol. Todos nós somos responsáveis pela derrota. As partidas são diferentes das do Carioca, com outro ritmo, outra dinâmica. Não adianta apenas jogar bem, é preciso ter atitude e atenção nos 90 minutos - destacou Desábato.
Além de terem vasta experiência na Libertadores, casos de Riascos, Erazo e Martín Silva, os estrangeiros sabem bem os critérios da arbitragem da América do Sul, conhecida por deixar o jogo correr mais do que os árbitros brasileiros. Ainda assim, Erazo, que reclamou do apito no jogo da última terça-feira, já perdeu a cabeça nesta Libertadores e foi expulso contra a Universidad de Concepción ainda no começo do segundo tempo, ao acertar cotovelada em um adversário.
Tradicionalmente, os times brasileiros gostam de investir em jogadores sul-americanos quando vão disputar a Libertadores. O Flamengo, por exemplo, possui quatro gringos no elenco, assim como o Cruzeiro. Corinthians, Palmeiras e Santos não apontaram suas armas tanto para o mercado do continente e possuem dois cada. O Grêmio é quem tem menos: um.
Fonte: Extra Online