A cada dia que passa sem gerar novas receitas, o Vasco fica mais perto de bater o martelo a respeito do futuro de Paulinho. Depois de herdar o clube em dificuldade financeira, a atual diretoria amadurece a ideia de que negociar o atacante na próxima janela de transferências, em junho, é preciso.
Inicialmente, o plano era conseguir mantê-lo até o fim da temporada, especialmente em caso de bom desempenho na Libertadores. Entretanto, a escassez de recursos à vista tem pesado. O valor a ser recebido pela transferência de Philippe Coutinho para o Barcelona - algo em torno de R$ 15 milhões - já está todo comprometido com o pagamento de dívidas deixadas pela gestão de Eurico Miranda. Com a confirmação da rescisão com a Lasa, a previsão de nova receita entrar nos cofres do clube a curto prazo é pessimista.
Paulinho recentemente teve o contrato renovado pelo Vasco. Sua multa rescisória foi para algo em torno de R$ 120 milhões, valor mais simbólico do que real. Os próximos meses do jogador é que deverão dizer o quanto ele valerá na próxima janela de transferências. A maleabilidade do clube com a CBF, que cogita liberá-lo para amistoso da seleção sub-20 contra o México, é sintomática: tê-lo a serviço da equipe nacional é uma boa vitrine de olho em um futuro negócio.
Sua sequência na equipe titular também é um bom termômetro para uma venda. Neste caso, a temperatura baixou: Paulinho foi barrado pelo técnico Zé Ricardo no clássico contra o Fluminense, perdeu posição para Rildo e pode seguir no banco na estreia da equipe na fase de grupos da Libertadores, dia 13, contra a Universidad de Chile.
De qualquer forma, a expectativa em São Januário é de que negociação de Paulinho se torne a maior da história do clube, superando as cifras alcançadas com a transferência de Douglas para o Manchester City - cerca de R$ 60 milhões. Por enquanto não há propostas oficiais pelo atacante, representado por Carlos Leite, mesmo agente de Douglas.
A necessidade de fazer dinheiro ficou ainda mais latente depois que o clube assumiu o compromisso de pagar a dívida que tem com Martín Silva. Além disso, há também os empréstimos feitos para o pagamento de duas folhas salariais, logo no começo da gestão de Alexandre Campello.
Os funcionários ainda têm a receber os salários de dezembro, 13º e férias, de quem tirou o direito em dezembro.
Fonte: Extra Online