Quem for acompanhar uma partida do Vasco da Gama na Conmebol Libertadores 2018 e avaliar o desempenho do camisa 20, dificilmente irá concluir que o jogador em questão é um dos mais experientes do grupo cruzmaltino. Aos 33 anos. Wagner tem demonstrado fôlego de menino para desempenhar uma função especial no esquema tático escolhido pelo treinador Zé Ricardo.
Ao contrário do que sempre acostumado a fazer, o mineiro de Sete Lagoas vem sendo peça importante no Gigante da Colina para a recomposição do sistema defensivo, que passou em branco nos três primeiros jogos do torneio. Tem sido comum ver o armador acompanhando lateral e fazendo o chamado "trabalho sujo", com o intuito, muitas das vezes, de dar liberdade para os jovens do time.
- Me sinto bem e feliz pelo reconhecimento dos companheiros. Hoje em dia no futebol, temos vários exemplos de equipes onde os jogadores pensam apenas no "eu". Aqui no Vasco pensamos muito no "nosso". Estou comprometido com a equipe e conseguindo desempenhar esse papel pela confiança que todos possuem em mim. Da mesma maneira que os meninos me elogiam, eu fico feliz por eles conseguirem se destacar. Nosso time está tomando cara, se tornando maduro e competente. Estamos sabendo o momento certo de atacar e defender. Todos estão se doando ao máximo e esse está sendo o nosso diferencial nesse começo de ano - declarou o meio-campista.
Sério e comprometido dentro de campo, com ou sem a bola no pé, Wagner esbanja simpatia fora dele. O experiente jogador é um dos líderes da "resenha" no vestiário vascaíno. Ao ser questionado sobre o apelido de "paizão" que ganhou dos atletas mais jovens, o armador brincou dizendo que prefere ser chamado de "amigo mais velho". O camisa 20 destacou a vontade de aprender dos Meninos da Colina.
- Sou um amigo mais velho deles. Pai ainda não, até porque tenho só 33 anos, ainda estou novo, tem muita água ainda para passar debaixo da ponte (risos). Na hora que eles têm alguma dúvida ou precisam conversar sobre alguma coisa, eles chegam e perguntam. Eu já passei por várias coisas na vida e me coloco sempre à disposição para ajudá-los, até porque sei que as dificuldades são grandes no começo. Compartilho não apenas vitórias, mas principalmente derrotas, até para que eles não cometam os mesmos erros que eu. Me deixa bastante feliz saber que os garotos depositam uma confiança muito grande em mim - afirmou Wagner.
Em seu mais recente bate-papo com a garotada, Wagner compartilhou as experiências vividas na altitude. Ao longo de sua carreira, o mineiro teve a oportunidade de atuar três vezes sob essas condições. Embora reconheça que não será fácil atuar em Sucre, o meio-campista acredita que o Vasco possui plenas condições de conquistar um resultado positivo diante do Jorge Wilstermann e garantir um lugar na fase de grupos.
- Eu já joguei três vezes na altitude, uma a quatro mil metros e outras duas a 2.800. Varia muito de jogador para jogador. Quando joguei em Potosí, a quatro mil metros, eu não senti tanto. Fui jogar com 2.800 e senti bem mais. Alguns vão sentir e outros não. Sobre o que muda em campo, lembro que a bola fica mais rápida, assim como o jogo para o adversário. Temos que saber o momento certo de subir, pois a volta vai ser complicada para nós. Nossa preparação foi boa e já foi passado tudo que deveria ser. Nosso time está pronto fazer uma boa apresentação e voltar para casa com a classificação - concluiu o experiente jogador.
Fonte: Site oficial do Vasco